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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

Conselhos difíceis... mas de ouro

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O Evangelho deste domingo, continua com as derivações de Jesus sobre as Bem-aventuranças. Pautar a sua vida fazendo o bem, renunciar à violência, denunciar o mal e promover o bem. Não sendo mensagem exclusiva dos cristãos, temos, mais que os outros que promover estes valores evangélicos que são boa nova, alegre notícia e maneira de viver de um mundo novo. Ser perfeito como Deus pode parecer uma ilusão ou um fim inatingível. Mas é possível a quem ama e a quem perdoa como Deus. O caminho está traçado, as regras ditadas, só falta mesmo continuarmos a caminhar. Bom domingo!

Várias formas de ver o amor

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As celebrações da Palavra onde tenho estado nestes dias no Externato Marista de Lisboa são, muitas vezes, uma surpresa. Digo até uma agradável surpresa. Estas celebrações são preparadas pelos alunos de cada turma, juntamente com a Directora de Turma. Há um esquema que eles têm que preencher e depois animar. E um tema também. Normalmente convidam os pais, os que podem vir, juntam-se também os avós mas são eles, sobretudo, os que celebram esta Palavra de Deus que escolhem e iluminam o tema da celebração. Hoje na celebração da turma do 6º C, fomos todos surpeendidos com o poema que a Carolia Araújo fez sobre o amor. Partilho-o convosco: O amor... ... em Matemática é um problema ... em História uma guerra ... em Português um poema ... em Ciências uma forma de vida ... em Educação física um exercício ... em Moral um Deus... e em E.V?!... um coração! Este problema é uma forma de vida como um poema que cria guerras e exercícios complicados. Mas vamos esforçar-nos, acreditar em D

Diferente mas não indiferente

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A menina que de quem agora escrevo é uma menina diferente mas não indiferente. Diferente porque não anda, diferente porque não consegue responder bem às coisas que lhe perguntamos, diferente porque não é bem articulada. Mas não é indiferente. Nem ela a nós nem nós a ela. Normalmente associa um petit-nom a uma pessoa mais próxima, a outras o nome inteiro, a mim uma música. Sim, ela é muito musical. Não sabe as letras até ao fim, como eu e muitos como nós, mas sabe começar a lenga-lenga do coelho Alberto ou, quando me vê, o mexe e remexe. Mas encheu-me de ternura quando me pediram para ficar com ela uns minutos e, de repente, começa a cantar a música do amigo que me ama. Assim, do nada. E eu acompanhei. Uma outra criança olhava para nós e associava-se quando aparecia o nome “Jesus”. E eu emocionado com o que estava a ver. Meu Deus, como é que estas crianças, tão mutiladas de afectos naturais, que nós tentamos tapar com alguns remendos, cantam com ânimo e, quem sabe, com alguma intelig

A primeira de muitas

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Comecei hoje, nos Maristas, a primeira de muitas celebrações da Palavra. Há 10 anos capelão do Colégio mas só este ano me cabe em sorte estas celebrações. Que são engraçadas. Um contacto directo com as turmas, que só tinha através das celebrações das Missas e Sacramentos, acontecem num ambiente ao mesmo tempo calmo e alegre, em que a turma prepara esta celebração, com um tema - a de hoje era "Dar mais" - envolvendo também os pais e alguns avós. Falei-lhes de para dar mais é necessário ser mais para depois poder ter mais. E deixei a celebração correr. São de 45 minutos, mas a primeira extravasou o tempo. E ainda bem. Tenho na minha secretária o mapa das celebrações, espalhadas ao longo do dia. Espero que lhes faça bem este tempo de paragem, oração e partilha da fé. E a mim também. (explicação da fotografia: cada celebração tem um símbolo e um compromisso. Os desta turma era um coração com o lema "dar mais"; o compromisso era serem mais tolerantes e mais amig

Quando a fé emociona

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Esta tarde, na Missa do Campo Grande, celebrámos os ritos de eleição e acolhimento na comunidade de duas crianças, o Nuno e o Manuel, que vão ser baptizados no próximo domingo e, juntamente com mais alguns colegas, irão fazer a primeira comunhão. Algumas pessoas acham estas celebrações demoradas, que deviam ser celebras à parte... mas que presença da comunidade iriam ter? O mal, muitas vezes é esse mesmo, desligarmos da comunidade com quem partilhamos e celebramos a nossa fé. Sentir a força da comunidade que reza e canta emociona. Como me emocionou a mim quando chamei estes dois pequenos para o meu lado, no momento do Pai-nosso, e a eles se juntou um outro, talvez um anjo da guarda, vindo não sei de onde, aprenderem connosco a oração dos filhos de Deus. Quando um padre baptiza, e em especial crianças já crescidas e adultos, sente-se de certa maneira pai. Pai na fé, responsável de certa maneira pelos que mais tarde que o habitual foram tocados pela graça e agora juntam-se a nós.

A nova lei

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Jesus, no Evangelho deste domingo que começamos a celebrar, qual novo Moisés, começa a interpretar, ou melhor, a iluminar a Antiga Lei com a Nova Lei do Amor. Jesus explica alguns dos mandamentos, não ficando só na generalidade, mas indo ao concreto da vida. A mudança de vista, de vida, de acordo com o Evangelho leva-nos a ver que a Lei de Cristo, a Lei do Amor é exigente, não é o vale tudo ou o tudo vale para Jesus. O caminho do Evangelho, que é o caminho do Amor, leva-nos ao Bem e à felicidade. Andaremos no caminho certo? Bom domingo!

Desconecções ou outras ligações

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Margarita é uma menina de dois anos, que conheci há pouco tempo. Concretamente, conheci-a há um ano, mas, na altura, deve ter sido pouco mais que um olhar, ou talvez uma festa. Não vive com os pais, na verdade só sabe que tem mãe, uma mãe de dezanove anos, que terá sido bonita, como a filha é, mas que agora, com uma terrível doença que vai tirando os traços de beleza, quase não se acredita que poderá ter sido bonita e elegante. Pior que isto tudo é que a doença – neurofibromatose – passou de mãe para a filha. Mas a Margarita é de uma beleza rara, como as pérolas: de dois anos, como disse, corpo perfeitinho, com tranças e olhar vivo e muito expressivo, uma boca recortada, quase uma boneca, vive feliz. O meu contacto com ela é praticamente de colo: pede-o abrindo os braços, chora se não dou, amua quando a coloco no chão. É africana, por isso, tudo o que seja música mexe com ela. Se eu começo a cantar umas músicas de tom africano ela olha para mim, abre os braços e pede colo. P

Documento enviado

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Foi esta a mensagem que o computador me deu depois de enviar um mail com um documento anexado. Há uns meses atrás a editora Verso de Kapa fez-me o convite (desafio) de publicar um livro. Sobre a minha vida, ou as histórias da minha vida ou a minha vida em histórias. Relatos, crónicas, retalhos... Hesitei mas não disse logo que não. Parei, pensei, aconselhei-me e, por fim, aceitei. Mas, neste processo todo, vieram-me à ideia os vários Diários que li, e reli as várias tentativas de Diário que, na minha vida, fui fazendo, sem grande continuidade. Este blogue tem sido a tentativa mais duradoira. Perseguia-me a pergunta: a quem é que a minha vida poderá interessar? Pois bem, amigos que por aqui passais e com quem partilho retalhos da minha vida, o documento que acabei de enviar no mail foi o manuscrito que irá ser publicado em breve, se Deus quiser. Manuscrito? Palavra estranha, a que não estou habituado, nem à ideia de ser "autor", como vinha no contrato que assinei,  ma

O que somos neste mundo

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O Evangelho deste domingo usa duas imagens fortes, que talvez necessitassem de ser reforçadas ou actualizadas, para dizer o que é que nós, cristãos, estamos chamados a ser no mundo: Sal e Luz. À primeira vista as imagens servem-nos: luz para iluminar e sal para salgar mas, não esqueçamos, que durante muitos séculos o sal também serviu para conservar. Duas imagens fortes com três missões não menos fortes: iluminar, dar sabor e conservar. Iluminar a nossa vida e a de quem se cruza connosco com a luz do Evangelho; dar sabor à nossa vida com a mensagem de Jesus; conservar a sua presença através das nossas palavras e acções. O cristão deve ser "útil", servir para alguma coisa. Jesus convida-nos a ser sal e ser luz.  Estaremos dispostos a isto? Bom domingo!

Deus das sete cores

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Ensina-me, Senhor, as cores do arco íris. As cores da alegria e do bem, as cores do amor e da justiça, as cores da misericórdia, da ternura e da confiança. Sustém, Senhor, as nuvens cinzentas do mal; que a chuva da vingança não caia sobre nós, que a frialdade das relações não nos afecte, que o trovão da impediedade não nos impeça de fazer o bem. Ilumina, Senhor, a nossa vida com as cores do teu arco e viveremos em paz.

... E ecónomo!

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Creio ainda não ter deixado escrito que, uma das minha novas funções - já nem é assim tão nova, tem já dois meses mais ou menos, é a de ser ecónomo do Convento. Desde que entrei na Ordem que sempre tive muito receio e tentei evitar duas funções: a da formação dos mais novos e as economias. Contas, para mim, só as do Rosário. O Capítulo Provincial, em Setembro passado, encarregou-me desta tarefa da formação. É muito de acompanhamento de algum candidato que se aproxime, rezar pelas vocações e, por minha iniciativa, comecei a fazer um boletim mensal de reflexão e oração pelas vocações. Estou já a preparar o nº 5, respeitante a Fevereiro. A outra, a do ser ecónomo, consequência da saída do anterior ecónomo para outra comunidade, coube-me em sorte, talvez também por não haver muito por onde escolher. Como me diz um confrade: "o que é para ti os ratos não hão-de roer". E cá estou eu, com a diversidade de coisas que já tinha, com mais estas duas acopladas, que muito trabalho e

As muitas formas de consagração a Deus

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Este ano, o dia 2 de Fevereiro, dia em que se celebra a Apresentação de Jesus no Templo, calha ao domingo. Por isso, celebramos esta festa, que lembra o dia em que os pais de Jesus, de acordo com a lei de Moisés, levaram o seu Filho primogénito ao Templo, para o oferecerem ao Senhor. Nós, cristãos, não seguimos a lei de Moisés mas sim a lei de Cristo. Para os que somos baptizados, temos a mesma imagem de os nossos pais nos levarem à igreja para sermos baptizados, mergulhados na vida de Cristo e da Igreja. Foi também o dia da nossa consagração a Deus, consagração essa, feita com o óleo do Crisma, o mesmo óleo com que se consagram as igrejas para o culto e as pessoas para o ministério. Esta festa lembra-nos, então, o quanto valemos para Deus, a grandeza da nossa vida em Deus, e o nosso amor ao próximo por amor de Deus. Bom domingo!