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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

Bom ano

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Que o Deus dos recomeços e da esperança, o Deus da alegria e do perdão, o Deus da paciência e do amor, o Deus eterno que entrou na nossa história, por meio do seu Filho, Jesus, Salvador do mundo e Príncipe da paz, nos conceda um ano de 2015 cheio dos valores do Reino e faça de nós discípulos da sua ternura e misericórdia. Bom ano de 2015!

Teve uma família

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A encarnação de Jesus teve que ser o mais normal possível. Não apareceu do nada mas nasceu como qualquer ser humano e viveu numa família como todos nós. Nos nossos dias o conceito de "família" está em mudança. A própria Igreja entrou num caminho sinodal para tentar perceber e acolher as várias formas de uniões e de constituição de famílias. Não podemos estar à margem desta caminhada mas sempre tentando perceber que o acolhimento é mais belo que a recusa e que o amor terá que ser sempre a base de qualquer constituição familiar. O que santificará a família será sempre o amor e os valores que se vivem e testemunham. Bom domingo.

Depois do dia de Natal

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Para mim é impensável o Natal sem Bach. Faz parte da música que escolho para me acompanhar nestes dias. Antes do dia do Natal as cantatas do Advento e, no dia 26, o Oratório de Natal. O tom alegre, jocoso, faz alegrar os tristes e rejubilar os alegres. Ninguém pode ficar insensível às harmonias de tons e sons, instrumentos e vozes de uma cantata ou do Oratório. A letra é espiritual, devota até, mas que eleva e leva-nos a rezar. Como por exemplo este coral que é uma oração e que tão bem fica neste primeiro dia de Natal:  Como poderei acolher-te,  e como poderei aproximar-me de Ti? Ó Tu, que o mundo deseja,  Tu que és o adorno da minha alma! Ó Jesus, Jesus, vem,  tu mesmo ilumina-me com a tua luz  p ara que eu aprenda e saiba  o que fazer o que te agrada.

Boas festas

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Que a Luz nascida na noite de Natal ilumine as nossas vidas e todas as sombrias regiões da morte. Boas Festas.

Vem, Senhor Jesus

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Vem, Senhor Jesus, traz à nossa natureza o calor do teu amor. Traz ao nosso mundo a luz da tua paz. Vem, Senhor Jesus. Vem, Senhor Jesus, desenha a nossa vida com cores de esperança, semeia no nosso jardim as flores da alegria. Vem, Senhor Jesus, não tardes mais. Maranatha!

O desejo de Deus: a nossa felicidade

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Este é o último domingo do Advento. Hoje escutamos no Evangelho o episódio da anunciação do Anjo a Maria. Já o escutámos duas vezes ao longo do tempo do Advento, mas hoje, acolhemos esta Palavra de Deus como um feliz anúncio para a humanidade, naquele tempo e no nosso tempo. O Anjo dirige-se a Maria com a típica saudação comum no tempo de Maria: Salve, Ave, Kaire, em grego, todas com o mesmo significado: Alegra-te, Maria, porque Deus te escolheu a ti, cheia de graça. Este anúncio, cheio de alegria e de esperança, assim são sempre as mensagens de Deus, devem ecoar hoje no nosso coração: alegra-te, porque eu venho a ti, à tua vida, para te dar a alegria e a esperança. Deus vem à nossa vida para a encher da sua presença e dar-nos a felicidade que precisamos, que significa, vivermos cheios do amor de Deus. Maria percebeu que a felicidade da humanidade passava pelo seu sim. Deu-o, sem reservas nem prazos. É este sim que cada um de nós deve dar, sempre que Deus no-lo pedir.

A caminho de Belém

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Hoje começa a segunda parte do nosso Advento. Também nós nos pomos a caminho, como Maria e José. A caminho de Belém, Maria, grávida, vai montada num burrinho, coitado, que os transporta. O burro, figura secundária mas útil na vida de Jesus: de Nazaré a Belém transportando a mãe e o filho, em Belém tem lugar no presépio, aquecendo o Menino, de Belém para o Egipto, ajudando na fuga para não ser morto pelo malvado Herodes, talvez do Egipto para Nazaré e, finalmente, na entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém, que lembramos no Domingo de Ramos. Mas, neste tempo, o burro lá faz o seu trabalho: guiado por José vai calmamente para Belém, onde o Menino vai nascer. Mas hoje, com José e Maria, encaminhamo-nos para Belém, onde o milagre da encarnação de Deus vai acontecer. Outro milagre pode acontecer na nossa vida: que o nosso coração seja o presépio, onde Jesus possa nascer. (Fotografia enviada por uma amiga minha, que agradeço)

E nós, quem somos?

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O Evangelho deste domingo volta a falar-nos de João Baptista, mas desta vez, com a insistente pergunta que lhe fazem para saber quem é ele. Para João não há confusões: ele não é o Verbo, ele é a Voz. E uma voz incómoda, que clama no deserto, que prepara a vinda do Messias. João Esta pergunta a João é-nos hoje devolvida a cada um de nós: e nós quem somos? De que luz damos testemunho? Que palavras evangélicas proclamamos no nosso mundo? Hoje, cada um de nós é chamado a ser "João Baptista" na radicalidade da sua vida (enraizada em Jesus) e ser testemunha da Luz do mundo que é Cristo. O mundo pergunta à Igreja e aos cristãos: Quem sois? E, nós, que resposta damos? Bom domingo!

Os caminhos do Advento

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Dura semana de confissões nos Maristas. Um após outro, cada um saberá o porquê sair do meio de uma aula para se confessar. Alguns são uns valentes pelo testemunho que dão. Num intervalo reparei que, num vidro de um gabinete de coordenação estava um "Calendário de Advento", uma dinâmica importante e interessante para este tempo que nos leva ao Natal. Construído pelo "Marcha" (antigo "Animar"), em cada dia desvela-se a acção que vai estar presente durante o dia, desde o mais banal como "vou ajudar a minha mãe a fazer a cama" até ao "esta noite vou dizer a Jesus que o amo". Pequenos gestos que nos levam a grandes mudanças. Coisa interessante para as famílias. Construir um calendário e, em cada dia, antes de sair de casa, ler o compromisso e praticá-lo. Quantas vezes os dias passam e nós nem nos damos conta?

O verdadeiro São Nicolau

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Toda a gente sabe que o Pai-Natal é uma péssima recuperação de São Nicolau, santo que a Igreja hoje celebra. O consumo (em especial a Coca-Cola) transformou-o num velho barrigudo, de barbas brancas e gorro. A única coisa que talvez tenha conseguido transmitir é o sorriso. Não se costumam ver "Pais-Natais" tristes e cansados. Cansados já se vêem. Não sei quem me comentava que na confusão de quem dá as prendas se dizia que era o Pai Natal. E alguém que tinha aprendido que era o Menino Jesus disse que não. E a contra-resposta foi que o Menino Jesus ajudava o Pai Natal porque era velhinho e andava cansado. Hoje é o dia de São Nicolau e não o dia do Pai-Natal. Na quinta-feira passada li no Jornal Avvenire, um pequeno artigo de uma religiosa sobre a verdadeira história deste santo. Não vou aqui traduzir o artigo mas sim resumi-lo: Nicolau, que ainda não era bispo de Mira, te estando nós no século IV, teve conhecimento de uma história dramática: uma família nobre e rica cai na

Questões vitais

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Ontem, num hospital de Roma, houve um encontro teológico-filosófico sobre a questão da eutanásia. Pena tenho eu que, na Igreja Católica, não poucas vezes, resumamos as questões da vida ao aborto e à eutanásia. Todos os cristãos devíamos reflectir, muito e profundamente as palavras de Jesus "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância". Mas achei interessante, num hospital, haver um encontro sobre a eutanásia, não na perspectiva da ciência ou da medicina, mas na perspectiva teológica e filosófica. Porque a vida humana é mais que uma questão de ciência. O valor e a dignidade de uma vida não depende só dos seus limites biológicos, ultrapassa-os. Mas, como digo, é bom perceber que as três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo são contra estes "atentados" à vida. Até nestes dois extremos, que são o início e o fim da vida. Aqui, a ciência (medicina) tem critérios avaliativos muito diferentes: se no aborto tem certeza para dizer que ainda não há

Trabalhos da Comissão

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Estamos a meio dos trabalhos da Comissão. Hoje tivemos a alegria de ter connosco o Mestre da Ordem que, apesar da sua agenda sempre tão cheia, conseguiu estar com a Comissão um pouco mais de uma hora. Escutou e falou, como gosta de fazer. Falámos das coisas mais técnicas da Comissão mas também do espírito comunitário da liturgia na Ordem. Quer que a liturgia seja um foco de união na Ordem e, para isso, conta connosco. É sempre bom estar com o Mestre da Ordem. Aprendemos a simplicidade e a humildade. No fim do encontro tirámos a fotografia oficial da Comissão. Aqui fica para a posteridade.

O pão que se parte e reparte

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O Evangelho de hoje, a multiplicação dos pães na versão de São Mateus, fala mais do contexto do que do milagre em si. Do milagre apenas se diz que Jesus, tomando os sete pães e alguns peixes, abençoou-os, partiu-os e repartiu-os entre os discípulos que o distribuíram pela multidão. Estão aqui os gestos eucarísticos, que Jesus vai fazer na Última Ceia e na Ceia de Emaús; mas impressiona quem se aproxima de Jesus: uma grande multidão, com muitos coxos, aleijados, mudos, cegos e outra tanta gente. Jesus cura-os, tem pena deles porque há três dias que estão ali e não têm que comer. Grande missão a da Igreja se repetir estes gestos de Jesus. O pão que se distribui por toda esta multidão, curada e alimentada por Jesus. Esta é a missão da Igreja: curar e alimentar quem dela se aproxima. Soeur Emmanuelle, uma mulher que entregou a sua vida a Deus gastando-a nos bairros de lata do Cairo e do Sudão, quando rezava o Pai nosso e pedia o pão de cada dia, explicava: o pão do coração e o pão d

Ano da Vida Consagrada

No passado domingo começou o Ano da Vida Consagrada. Quer o Papa que este ano a Igreja reflita e viva o grande dom da vida consagrada na Igreja, "fazendo memória do passado, abraçar o futuro com esperança e viver o presente com paixão". A Rádio Renascença convidou-me a participar no programa "Princípio e fim", conduzido por Ângela Roque, no qual dei uma pequena entrevista sobre este tema. Aqui está o link para quem quiser ouvir: http://rr.sapo.pt/informacao_prog_detalhe.aspx?fid=189&did=170581 Também, às sextas feiras, noite de Natal e dia de Natal irei colaborar na rúbrica de sexta-feira "Reflectindo", de Francisca Favilla, com pequenas reflexões para viver o Advento. Na próxima sexta é já a primeira.

Roma com mau tempo

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Estou em Roma, vim para a reunião da Comissão Litúrgica da Ordem, que, nos próximos seis anos, vai ser por mim coordenada. Começaremos dentro em pouco, com temas a tratar e debater, e trabalho a fazer. Mas desta vez Roma está cinzenta. Desde que o avião aterrou, e isto ontem, não tem parado de chover. Ainda houve uma aberta para poder ter ido ao Vaticano mas, à vinda, já a trovoada se fazia sentir por lá e, durante a noite, veio mesmo para o Aventino. Talvez porque entre este monte e o outro lado do rio haja um declive, o eco dos trovões, além de nos acordar, metiam respeito. Mas tudo tem o seu tempo, e até os raios e nuvens podem louvar o Senhor.