Mensagens

São Domingos em Soriano

Imagem
  15 de Setembro Relação da milagrosa Imagem de Nosso Pai São Domingos tirada da Cronologia do Convento de Soriano de um Memorial apresentado à Sagrada Congregação no ano de 1694. 1. Chorando os nossos Religiosos do Convento de Bolonha, à roda da pobre cama de seu moribundo Patriarca, a falta de tal Pai e Mestre, ele movido de compaixão para os consolar lhes disse: Não choreis filhos nem vos moleste a minha ausência porque suposto meu retiro é para vos ser mais útil . Morreu ou para melhor dizer subiu a triunfar no Empíreo pelas escadas que sustentavam Cristo e Maria Santíssima, e lembrado da promessa com contínuas experiências de tantos anos tem feito e faz conhecer quanto é poderoso no Céu e quanto ama a seus Filhos na terra, o que mais que em nenhuma outra ocasião quis mostrar quando à semelhança do Salvador parece nos intentou dizer: Aqui me tendes convosco até o fim do mundo se não transubstanciado nas espécies de pão ao menos retratado em uma celestial pintura trazida a Soriano

Apostolado

Imagem
  A palavra vem de Apóstolo. Apóstolo significa enviado. E a missão do apóstolo é fazer apostolado. Que, antes de mais, tem como missão anunciar. Anunciar Jesus Cristo, a sua vida e a sua mensagem. O que ele disse o que ele fez. Para ser melhor conhecido e mais amado. Depois o apóstolo é testemunha. Este anúncio é feito na primeira pessoa. Não como alguém que faz propaganda mas a partir de uma experiência íntima e pessoal de Jesus. O anúncio nasce em nós e a partir de nós. A nossa vivência do Evangelho, a nossa presença na Igreja faz de nós testemunhas autênticas de Jesus Cristo. Finalmente, a coerência de vida. Como enviado e como testemunha a sua vida, há-de ser um espelho de Jesus Cristo nas pessoas com quem se cruza. O apóstolo é sal da terra e luz do mundo, duas imagens fortes que Jesus usou; e está sempre disponível para mostrar Jesus aos outros. O Apóstolo há-de evitar o escândalo porque é o descrédito da sua vida e também daquele que anuncia. O apóstolo não faz o que Jesus fez

Quando a misericórdia tem o sabor de Deus

Imagem
As leituras deste domingo são de uma grande beleza. Dizem-nos uma verdade que devemos ter sempre presente em nós: Deus não nos abandona.  Na primeira leitura da profecia de Jeremias Deus diz-nos que cuidará de nós. O salmo diz-nos que ainda que tenhamos de passar os vales mais tenebrosos da vida temos confiança porque Deus está connosco. Na segunda leitura a certeza de que a paz que nós desejamos e devemos promover está em Cristo e é uma paz universal. E no Evangelho, Jesus que se compadece de nós e não nos deixa sozinhos. Deus não nos abandona, Deus nunca nos abandona.  Na semana passada ouvíamos Jesus no Evangelho a enviar os seus apóstolos. E hoje o regresso. O evangelho está construído em três tempos: o regresso e o convite de Jesus a um tempo de descanso, a viagem para a outra margem e Jesus, que compadecido de toda aquela multidão, começa a ensinar-lhe os valores do Reino de Deus para que sintam Deus sempre próximo.   Os apóstolos regressam cansados mas alegres. Prestam contas do

Uma Igreja sem fariseus

Imagem
Retomamos os domingos do tempo comum que nos levarão até ao final de Novembro. Tempo comum porque não celebramos nenhum mistério especial da vida de Jesus embora a Eucaristia dominical seja o lugar privilegiado para o encontro com Jesus e com os irmãos na fé. Retomamos então no IX domingo do Tempo Comum, com esta passagem do evangelho de Marcos que nos fala do confronto dos fariseus com Jesus a propósito da instituição mais sagrada para o povo judeu: o sábado.  Dissemos na quinta-feira passada que o ritmo dos cristãos é a partir do domingo. Apesar de termos o fim de semana o domingo já não faz parte dele. O domingo é o primeiro dia da semana. Amanhã já será segunda-feira. Não há primeira-feira porque ao domingo não há feira. É o dia dos cristãos celebrarem a sua fé na alegria de Cristo ressuscitado. Mas Jesus era judeu e viveu num ambiente judaico. E para os judeus o sábado era uma instituição sagrada. Em dia de sábado ninguém podia trabalhar ou realizar acções de criação, como apanhar

Criados para dar fruto

Imagem
  O livro dos Actos dos Apóstolos é, na verdade, o livro do Espírito Santo. Em muitas passagens se lê que o Espírito Santo move e inspira, chama e escolhe, fortalece e congrega. Ainda há pouco, na primeira leitura, se ouvia que a Igreja gozava de paz e ia crescendo com a assistência do Espírito Santo. Já dissemos na semana passada que deveríamos dar mais espaço a Jesus e menos a nós. Imaginemos então se deixássemos que o Espírito Santo trabalhasse em nós! Não nós e o Espírito Santo, mas o Espírito Santo e nós.  Na primeira leitura de hoje vimos como Saulo mudou de vida e de atitude depois de ter sido tocado por Jesus. De perseguidor tornou-se discípulo e de discípulo em perseguido. Mas esta leitura também é um convite a vivermos em comunidade e de sermos uma comunidade acolhedora. Vivermos em comunidade significa vivermos unidos e empenhados no verdadeiro amor a Deus e ao próximo.  Uma comunidade acolhedora. Barnabé tem na comunidade um papel importante: aproximar Saulo da comunidade e

Um pastor que dá a vida

Imagem
  A liturgia pascal tem o objectivo de celebrarmos a ressurreição de Jesus, mas também de a vivermos na nossa vida. É a ressurreição de Cristo a chave que interpreta o nosso agir e o nosso modo de viver. O livro dos Actos dos Apóstolos é disso uma prova: tudo o que muda a vida das pessoas por meio dos apóstolos, as conversões, os milagres, deve-se não ao mérito dos apóstolos nem às suas grandes capacidades, mas somente à fé em Jesus Ressuscitado. Fé em que acreditaram e passaram a testemunhar. O discurso de Pedro que escutámos hoje na primeira leitura acontece depois de um milagre feito por Jesus através deste Apóstolo. Pedro e João sobem ao templo para orar e vêem um coxo à entrada a pedir esmola. E Pedro diz-lhe: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda”. E o coxo ficou curado. A multidão fica perplexa, Pedro começa a anunciar Jesus, os sacerdotes do templo apanham Pedro e João e colocam-nos na prisão. Mais tarde são

Quando nos aparece Jesus ressuscitado...

Imagem
O evangelho deste domingo situa-nos ainda no dia de Páscoa. No entanto mudaram os sentimentos. Se bem recordamos aquela manhã de Páscoa não foi de alegria: não porque Jesus não tivesse ressuscitado, mas porque os discípulos e amigos de Jesus não acreditaram nas suas palavras sobre o terceiro dia da ressurreição. Vemos as mulheres dos perfumes preocupadas com a pedra pesada que tinham de rolar, os discípulos em casa, desorientados, a Madalena que chora à procura do corpo de Jesus e os discípulos de Emaús, derrotados e tristes, regressam à sua aldeia numa tentativa de refazer a sua vida. Todos estes sentimentos negativos se convertem em alegria e esperança a partir do momento em que Jesus lhes aparece: as mulheres dos perfumes vão a correr espalhar a boa nova da ressurreição, a Madalena agarra-se ao corpo de Jesus, os discípulos de Emaús, radiantes de alegria e de coração ardente, regressam nesse mesmo dia, à noite, a Jerusalém, e contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham