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A mostrar mensagens de maio, 2017

Um caminho de silêncio

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A obrigação foi o motivo a necessidade uma utilidade. Consegui ter um dia mais livre e fui a Fátima. Saí cedo para chegar cedo e aproveitar a manhã para a necessidade de estar só e em silêncio. Fiz o caminho dos pastorinhos, que nós conhecemos como o caminho da Via Sacra e do Calvário Húngaro. Alguns grupos estavam a fazer a Via Sacra - espanhóis, canadianos, polacos, italianos -, outros no desporto, uma senhora sentada no muro a rezar devotamente o seu terço, e eu. Eu em silêncio, apesar do que se ouvia cantar e rezar em línguas que não a minha. E também eu fiz a Via Sacra, em silêncio, lembrando-me de quando era criança e da maneira como fazíamos a Via-Sacra, e também dos próprios quadros das estações. Sem muito sol lá fiz o meu caminho, em silêncio e com calma. Terminada a Via Sacra fui aos Valinhos onde há dois monumentos, não menos importantes, e que nos convidam à oração: a loca do cabeço, onde se diz o anjo ter aparecido aos pastorinhos e o lugar da aparição de Agosto. Dois

O bom odor de Cristo

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Desde o ano de 1233 que este dia 24 de Maio ficou gravado na memória dos frades que viviam naquela altura e na história da Ordem Dominicana. O frades tinham decidido, com alguma pressão do Papa Gregório IX, que tinha convivido com São Domingos, levantar o corpo de São Domingos do primitivo túmulo, que estava meio abandonado e entregue às intempéries, para um novo túmulo no novo convento. Os frades queriam fazer a trasladação meio em segredo, por não saberem em que estado estava o corpo de Domingos. Naquela Idade Média um corpo incorrupto era sinal de santidade. Mas o Papa Gregório, impossibilitado de estar presente, mandou uma comitiva, o que fez com que o segredo se tornasse numa solenidade. E conta a memória deste dia que, mal retiraram a lápide, saiu do corpo de São Domingos uma fragrância muito suave que ficava agarrada às mãos ou às roupas de quem tocava no corpo de São Domingos. Este foi um sinal medieval da santidade de São Domingos que fez com que este mesmo papa o canoniz

Fátima descaracterizada

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Há muitos anos atrás, um dominicano português que usou o pseudónimo "João Ilhargo", escreveu um livro a que deu o título de "Fátima desmascarada". O título era excessivo - talvez por isso tivesse usado o pseudónimo - mas era um rebate às memórias de Lúcia, tentando descobrir o que era inventado por parte dela e não condizia com as aparições. Cem anos depois das aparições volta o mesmo rebate, já não só criticando os exageros da Lúcia que transformou uma mensagem simples e concreta num vale de devoções e visões, complicando e exagerando e, claro está, interpretando tantos anos depois a simplicidade das aparições. Basta comparar as singeleza das respostas ao interrogatório com as memórias e os seus acrescentos posteriores. Mas eu não quero tornar-me numa réplica de João Ilhargo. Para mim é claro e transparente que uma coisa é o fenómeno de Fátima (sejam aparições ou visões) e outra é a excessiva mensagem com os seus apelos e repiques. Chamei a este post "F