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A mostrar mensagens de dezembro, 2019

Em todo o tempo dai graças a Deus

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É assim que São Paulo ensina na Carta aos Tessalonicenses. Dar graças a Deus em todo o tempo. Mas este dia é especial para dar graças. Não se trata de mais um dia, ou de um fim do mês mas de todo um ano. Não esquecendo o menos bom, que pode ter sido de perdas, mais ou menos achaques, as zangas e chatices que a vida e pessoas nos possam ter trazido, quando se dá graças, entrega-se a Deus tudo o que de bom se construiu e conquistou. Dar graças pela vida, pelo tempo bem aproveitado, pelas pessoas que por acaso entraram na nossa vida mas que já não foi por acaso que permaneceram, pelos que ajudámos e pelos que nos ajudaram, pelos projectos realizados e pelos que ainda esperam ver a luz do seu dia... tantas coisas que, se as registássemos, ficaríamos admirados com a quantidade de graças recebidas. Este é o dia de agradecer. E também de pedir que, em cada dia, possamos construir um mundo melhor, mais nosso (humano) e mais de Deus (divino). Em tudo dar graças. Também eu o faço, olhand

A feira do livro lido

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Nestes últimos dias alguns voluntários e amigos da João 13 e do Convento têm vindo a preparar uma das nossas salas para fazermos neste fim-de-semana uma feira do livro lido. A motivação é social: pedimos às pessoas que nos oferecessem livros que tivessem em casa e depois virem trocar por outros que gostassem de ter. Esta feira insere-se na partilha de Advento que este ano vai ajudar a comprar próteses dentárias às pessoas que precisam na nossa Associação. Muitos livros e de vários gostos e estilos. Num desses livros estava um soneto que já tinha lido quando era mais novo e que o acaso me fez ontem encontrar. É do Frei Castelo Branco (século XVII), está escrito à mão numa folhinha com umas flores, que acompanham este post. Aqui deixo o poema TEMPO, que, além da criatividade e do jogo de palavras, tem a sua profundidade: Deus me pede do tempo estreita conta É preciso dar conta a Deus do tempo Mas como dar do tempo tanta conta Se se perde sem conta tanto tempo? Para fazer a tempo

Um princípio de Advento

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Começou mais um Advento. O meu, logo no domingo, no convento, e agora em Roma nesta primeira semana. Também aqui vivo o meu Advento: com os trabalhos que me ocupam na Cúria, com o silêncio que vivo na abadia dos cistercienses onde tivemos que ficar por causa das obras em Santa Sabina, e com a oração que este ano decidi acompanhar com a Comunidade de Santo Egídio. Sempre que venho a Roma faço por participar numa celebração mas, desta vez, vou tentar estar em todas. A oração de Santo Egídio, que se faz na belíssima imagem de Santa Maria in Trastevere, enche a alma: sempre temática (ontem era pelos doentes e hoje com Maria), a leveza da sequência da celebração (meia hora), a beleza dos cânticos acompanhados pelo órgão da igreja e por um pequeno coro que se forma em cada dia, os pequenos gestos que se transformam em rituais (ontem escreviam-se nomes dos doentes e acendiam-se pequenas velas por eles), a escuta da palavra e a homilia que se faz (concreta e actual), tudo ajuda na fé e na e