Pecador


Diz mais sobre a condição humana do que sermos más pessoas. Mais do que ser apontado pelos outros, o pecador assume-se como tal diante da santidade de Deus. Foi o que exclamou Pedro, depois da pesca milagrosa, diante de Jesus: "afasta-te de mim que sou pecador" (Lucas 5, 8). Não se trata do prazer de humilhar mas sim de se reconhecer como finito, frágil, não perfeito. Santo Agostinho introduziu na Igreja o axioma que separa a pessoa da má acção: "odeie-se o pecado, ame-se o pecador". No Oriente há uma oração, chamada de Jesus, ou do Coração, que mais não é que uma jaculatória, que se repete por mais de cem vezes e que diz assim: “Senhor Jesus Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador”. Os pecados são desfigurações da imagem e semelhança de Deus, da qual fomos criados. O pecado desfigura, envergonha-nos, afasta-nos de Deus. É assim desde Adão e Eva. Jesus, no entanto, não foi pecador. Como se lê na Carta aos Hebreus (4, 15): “provado em tudo como nós, excepto no pecado”. Enquanto humanos temos de aceitar este limite da não-perfeição E isso é reconhecer-se pecador. No entanto, não devemos desistir de ser cada dia melhores: perfeitos e santos, como Deus quer.

 

Mensagens populares deste blogue

Oração para o início de um retiro

Regina Sacratissimi Rosarii, ora pro nobis

Degenerar com dignidade