O dom da mansidão


Senhor,
nesta noite em que só o luar ilumina
esta noite de trevas e de espadas,
ilumina-me o teu rosto calmo e sereno,
diante dos traidores e dos que te julgam.
Travas a violência com o perdão,
a guerra com a paz,
o barulho com o silêncio.
Nesta hora de agonia,
em que os mais próximos adormecem,
mas sentes o consolodo anjo,
quero pedir-te pelos que são injustiçados,
pelos que são vítimas da guerra e da violência,
pelos que andam por caminhos sem saída.
Nesta noite e nesta hora,
em que dás a maior prova de amor,
sentes o frio da traição e do abandono.
Nesta noite e nesta hora em que rezas ao Pai,
ouves já as vozes do terror que vêm para te prender.
Nesta noite e nesta hora és julgado por Anás, Caifás e Herodes,
tu que nunca julgaste nem condenaste ninguém.
Senhor, nesta noite e nesta hora,
ensina-me o dom da mansidão.
A ter paciência, a saber ouvir,
a calar quando o impulso quase obriga a falar.
Venha em minha ajuda o anjo consolador,
que me abraça e me devolve a confiança.
Nesta noite e nesta hora,
dá-me forças para te testemunhar e nunca te trair.
Nesta noite e nesta hora,
eu te peço perdão e misericórdia,
pelo que devia ser e não sou,
pelo que devia dar e não dou,
pelo que devia fazer e não faço.
Que a aurora me devolva a alegria,
ou ainda a tristeza por mais um dia;
Mas que venha a paz de coração,
ó Cristo da humildade e da mansidão.

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