Bruxas? Não, prefiro os santos, obrigado.
Esta mania americanizada, ou sei lá bem de onde veio, de querer transformar este dia de todos os santos em dias das bruxas, não tem piada nenhuma. O nome, apesar de ainda ter reminiscências cristãs, é decorado, com um tremendo mau gosto, de teias de aranha, morcegos, abóboras iluminadas, caveiras e bruxas. Os meus freis angolanos estavam atónitos a ver as montras sem perceber. E eu dei comigo a pensar que estes carnavais obsoletos e importados estragam este dia, que devia ser de festa, e de lembrarmos os que nos precederam agora estão junto de Deus. Não consigo perceber a piada de ligar este dia a ossos e caveiras. Prefiro as auréolas e os santos, as suas vidas e exemplos, tantas palavras e obras de gente que não entrou nos catálogos das canonizações mas que gozam da mesma alegria de Deus. Servos e servas boas e fiéis que entraram na alegria do seu Senhor. Homens e mulheres discretos e simples, que aprenderam do seu Mestre a passar a vida a fazer o o bem, que se entregaram a Deus...