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A mostrar mensagens de março, 2018

Oração para o fim da Quaresma

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Senhor, neste último dia da Quaresma quero oferecer-te os meus passos da Quaresma. Quarenta dias de desertos e oásis. Quarenta dias de areias e pedras, ventos frios e dias quentes, rotas de coragem e trilhos de desânimo. Quarenta dias vividos em ti e por ti. Como qualquer caminho que se trilha faltou mais tempo para para te escutar faltou mais tempo para pensar nos outros faltou mais tempo para entrar em mim. Mas foi caminho, vivido na fé e na esperança. Aqui estou hoje, Senhor, diante da tua cruz para te entregar os parcos frutos da Quaresma. Aceita, Senhor, o que de melhor tenho para te dar: os momentos de oração e os momentos de silêncio, os dias de entrega e os dias de serviço aos mais pobres, os dias de escuta e os dias de partilha. Tudo te entrego, Senhor, diante da tua cruz e perdoa porque poderia ter feito mais. Dá-me, Senhor, para estes dias a graça de viver com fé a tua Paixão e com alegria a tua Ressurreição. Amen.

Tríduo Pascal no Convento de São Domingos

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Quinta-feira Santa Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, inauguramos o sagrado Tríduo da Páscoa. Esta antiga denominação do Tríduo Pascal, faz referência aos dias de sexta-feira, sábado e domingo de Páscoa. Portanto, esta missa já faz parte do dia de sexta-feira santa, daí o nome de Missa vespertina. Celebramos a última ceia de Jesus com os seus discípulos. Lembramos em primeiro lugar o seu contexto – a Páscoa judaica – para depois lhe darmos o sentido que o próprio Senhor lhe deu: sacramento da sua morte através do corpo entregue e do sangue derramado. Celebração da Ceia do Senhor às 19 horas . Sexta-feira Santa A celebração de sexta-feira santa é das mais antigas da Liturgia romana. De uma grande sobriedade e beleza, reunimo-nos em Igreja para celebrarmos a Morte do nosso Salvador e acolher a salvação que nos vem do mistério da Cruz. A celebração desenvolve-se em três grandes partes. Na primeira parte, a liturgia da Palavra, escutamos três grandes leituras: a p

Trazendo ramos de oliveiras

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Regressei esta tarde de Lamego. Pelo caminho, e à chegada, vi em vários momentos, pessoas trazendo com elas ramos de oliveiras, que iam ou vinham da missa dos Ramos. E achei bonito este ser ainda um rito cristão, popularmente enraizado no nosso Portugal. Os ramos simbolizam a nossa fé e o nosso testemunho. E também a nossa ligação a Cristo. Os ramos que hoje ou amanhã apresentarmos na missa, depressa secarão, porque não estão ligados à árvore. Assim também a nossa vida e a nossa fé, se não estiver enraizada em Cristo, que a alimenta e fortalece. Bom domingo.

Porque Deus ama

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As leituras deste quarto domingo da Quaresma incidem sobre a presença e o amor de Deus nas nossas vidas. Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu Filho Unigénito. Deus ama tanto, Deus só pode amor porque é amor, ternura e misericórdia. Por isso, se existe mal, não vem de Deus, se nos sentimos castigados, não vem de Deus o castigo, se nos sentimos órfãos, a solidão não vem de Deus.  Deus só ama. Está nas nossas vidas porque nos ama, enviou o seu filho, porque nos ama. Resumindo: a nossa história com Deus é uma história de amor, porque Deus ama. Bom domingo!

Pôr ordem em casa

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Neste domingo da Quaresma o Evangelho leva-nos a Jerusalém, ao Templo, onde, devorado pelo zelo da casa do Pai, expulsa os cambistas e derruba as mesas de comércio. A relação de Jesus com o Templo é muito especial. Jesus não era sacerdote nem filho de sacerdote, como por exemplo João baptista que era filho de Zacarias, sacerdote. Jesus não é sacerdote, nem pertence sequer ao grupo clerical judaico. Mas é Filho de Deus. Quando ele, com 12 anos, sobe a Jerusalém e fica no templo, Maria, quando o encontra, pede-lhe explicações. E a explicação é simples para Jesus: porque me procuráveis? Não sabiam que só podia estar na casa de meu Pai? Anos depois, ao entrar no Templo revolta-se com o que estão a fazer do Templo, a casa do seu Pai... Pode-nos parecer estranho Jesus ter esta atitude violenta, mas mais estranho era ele não reagir. Para mim este episódio diz-me duas coisas: que ninguém se pode aproveitar de Deus nem da Igreja para fazer negócio ou lucrar com isso. Com pena, na Igreja