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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Apresentações

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Após uma viagem matutina e rápida, cheguei a Roma. Fui com o meu Provincial, os dois de Portugal que estamos no Capítulo: ele por ser quem é e eu por ter sido eleito no último Capítulo Provincial. Chegados a Roma - o avião trazia alguns bispos, encontrámos alguns padres e até uma família que eu conhecia! - tínhamos a indicação que algum frade, de hábito, estaria à nossa espera. E assim foi. Estavam dois estudantes, um de Itália e outro de Malta a fazer a recepção. Fomos os primeiros daquela leva mas, num instante se juntaram outros: um de Chicago, um do Chile, três da Colômbia e uma monja irlandesa, que nos irá pregar uma conferência. Chegaram também dois franceses - extra-capítulo - que vêm fazer um filme sobre o tema. Para quebrar o gelo e a timidez, toca de ir falando ora em inglês ora em espanhol até que chegámos ao sítio do Capítulo. Atribuição de quartos (o meu quarto fica no quarto andar, onde está o Mestre da Ordem, o ex-Mestre da Ordem e alguns provinciais e definidores... ch

Próximo destino: Roma

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Parto amanhã para Roma. Para uma reunião de três semanas. Muita gente faz aquele sorriso malandro como quem diz: chama-lhe reunião... mas é verdade. Amanhã começa o Capítulo Geral dos Dominicanos, em Roma. Cada três anos há um Conselho Geral e neste tem um objectivo claro: eleger o próximo Mestre da Ordem. O Mestre da Ordem é o representante máximo dos Dominicanos, eleito em Capítulo Geral, por nove anos. A sua missão é a do governo e da presença. Deve governar a Ordem, com a ajuda dos Assistentes e Promotores, mas deve também visitar os irmãos nas suas províncias e apostolados. Podem perguntar-se se são precisas três semanas para eleger o Mestre da Ordem. E a resposta, obviamente, é que não. Aliás, se tudo correr bem, no próximo domingo já aqui falarei do novo Mestre da Ordem. Depois temos que trabalhar. Durante estes últimos meses os que vão ao Capítulo receberam os vários relatórios para podermos falar e discutir sobre as prioridades, desafios e problemas da Ordem. Destes Capítulos

De humilitate

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Encontro-me com o Evangelho do próximo domingo e confrontamo-nos: " Quando fores convidado para um banquete nupcial, não tomes o primeiro lugar " e ainda " Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado ". A tentação é olhar à minha volta para não olhar para mim. E já isto é falta de humildade. Mas olhemos para o mundo. Podemos servir-nos das fantásticas revistas cor-de-rosa que, no verão, estão cheias de festas e conversas. E vemos como gira o mundo: faz-se uma festa em honra de fulano, fotografam-se todos os convidados, dois a dois, para que não fique ninguém escondido, e não estranhamos ausências porque as estrelas brilham. Se Jesus fosse a uma festa destas certamente que teria atitudes 'socialmente incorrectas'. Assim anda o mundo, assim ando eu e, talvez comigo, muitos outros que gostariam de ser mais humildes. Mas o que será a humildade? Uma definição? Um estilo de vida? Uma utopia? Creio que é tudo isto e mais alguma coisa. Deixo aqui u

Ainda Feirão

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Acabou o fresco, acabou a calma, acabaram as caminhadas nos caminhos toscos, acabou a paisagem verde e o chilrear das andorinhas às sete da manhã. Regresso a Lisboa. Mudança drástica: as paisagens são os prédios e os estádios, o fresco que vem é da ventoinha, as caminhadas são entre carros e buzinas, e às sete da manhã ouve-se o barulho dos carros a passar na avenida. Mas é assim a vida. Fazer o quê? Lembrar os tempos bons. No entanto, para mim, Feirão não acaba. Não tenho pena nem saudades; para o ano, Deus querendo, lá estarei de novo, e isso mata-me as saudades. Agora é tempo de arquivar as fotografias e publicar no Youtube a meia dúzia de músicas de Igreja que gravei. Mas a música de Resende não é só de Igreja. Se perguntarmos aos mais velhos como eram os serões dos meses quentes, respondem com saudade: ó sr. padre, era nas vessadas e nas cegadas e nas vindimas: trabalhava-se a cantar. À noite, vinha-se dos campos, arrumavam-se as coisas e ia-se para a eira dançar e cantar: uma con

Deus ajuda quem madruga

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Seis da manhã, toca o relógio. Dois minutos depois toca o sino a Trindades. Começam a ouvir-se os guizos das vacas. Vêm 'junguidas'. Vão para a arranca da batata. O pai, velho, e o irmão; a filha, o genro e três netos. Lá vão eles, estrada fora, com o mata bicho tomado, para perto do Penedo Gordo onde, dias antes, conseguiram que o fogo não lhes chegasse às terras onde tinham as batatas e o milho. Por lá estiveram todo o dia. Ao final da manhã veio a única mulher da família, com o seu filho mais novo, para fazer o almoço e levarem-no ao local do trabalho. Continuou o trabalho tarde fora e eis que chegam agora, extenuados, perto das oito da noite, uns à frente dos outros. Á frente, por um atalho, a mulher, outra vez com o filho mais novo para adiantar o jantar; pela estrada o pai com o irmão para se irem lavando; e, a terminar a procissão, ouve-se o chiar do carro. As vacas no seu passo vagaroso, cansadas ou moles, nunca o saberemos, e o condutor a tocá-las para que se apressem.

Música sacra popular

A tarde de ontem foi de recolha de "versos antigos que não vêm nos livros". Ao longo destes dias, na Missa, elas foram cantando estes cânticos que, apesar do sentimento extremo da letra e da música, não deixam de nos tocar pela sua simplicidade. Cânticos aprendidos de cor, lá pelos anos sessenta, pelo sr. Padre Filipe ou pelo sr. Padre Acácio. As letras ficavam escritas na memória e não desapareceram, lá estão, bem conservados. Aqui deixo um dos cânticos. Talvez não se consiga perceber muito bem a letra - é a pronúncia cerrada da serra - mas aqui ficam estas vozes, não tratadas, puras, como o ar que aqui se respira e límpidas, como a água que se bebe.

A aldeia de Cotelo

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Cotelo fica ao lado de Feirão. No entanto, pertencem a concelhos e freguesias diferentes. Feirão é freguesia do concelho de Resende e Cotelo pertence à freguesia de Gosende, concelho de castro Daire. É a minha terra paterna. Foi lá que o meu pai nasceu. Nunca tive muitas afinidades com aquele povo. Quando lá íamos no Verão era só mesmo para cumprir o preceito de cumprimentar os meus avós e tios que lá estavam. Tudo mudo desde que sou padre. Agora vou lá todos os dias e, às vezes, mais que uma vez ao dia. Hoje foi dia fotografar os santos da capela, dedicada a São Domingos e a Santa Bárbara. Inocente, disse-me assim um senhor: ó senhor padre Filipe, para haver tanta devoção aqui a são Domingos é porque ele andou por cá! E eu respondi: ele não sei, mas alguns dos dele sim . Para mim Cotelo não tem a mesma força sentimental que Feirão. Mesmo o meu pai sempre puxou mais para Feirão; mas tenho que ter em conta o que me disse hoje uma senhora: olhe que o senhor padre é metade de lá (Feirão)

À procura do tamanqueiro... entre outras coisas

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1. Ontem andei pelo concelho de Resende. Como não há café em Feirão, aproveitamos para ir conhecer outras terras. Fomos a Paus e a São Marinho de Mouros, que já é vila. Aldeias situadas nos vales da serra de Montemuro, com o rio Bestança pelo meio, como se fosse uma risca a separar os dois lados, rio que vai desaguar ao Douro. Consegui ver a igreja graças ao sacristão, que ma foi abrir por ser quem era. De uma beleza única, com os conhecidos quadros de Grão Vasco e a arquitectura românica. Não se compreende como se faz propaganda da vila e ao chegarmos lá damos com as portas da igreja fechadas. 2. Hoje foi dia cheio. Depois da Missa da manhã, todos os dias às 8 horas, uma grande caminhada até um santuário que fica a cerca de seis quilómetros, o Santuário do Senhor do Fojo (refúgio). Este era o meio do percurso. Acompanhada por uma senhora de Cotelo, a terra do meu pai, lá continuámos a nossa caminhada, falando da vida, mais ela do que eu, desta vez pelos caminhos antigos. O almoço foi

Tudo por causa de letras mal escritas

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“ A culpa é dos avaliadores. Eu tenho oitenta e dois anos e sei ler, graças a Deus, mas vejo mal. E eles escrevem a folha à mão e a gente não lhes percebe a letra ”. Era assim que a tia Alzira – chamemos-lhe assim – protestava, a bater com a enxada no chão, com uma vizinha com quem partilhava a água do povo para a rega. Tinha visto mal. Pensava que a água era dela mas não. Acalmou a zaragata quando a interrompi e perguntei se lhe podia tirar uma fotografia. “ Pode sim senhor ”. E parou para posar. Depois de lhe agradecer lá foi ela a reclamar a caminho da junta de freguesia. Por um lado ia confirmar se sempre era verdade que estava enganada; por outro, botando as culpas aos tais avaliadores que, com aquelas letras mal escritas, confundem a tia Alzira.
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Este traço de aparente fumo é a neblina que paira sobre o ribeiro que passa aos pés de Feirão, e o outro que vem lado oposto, o rio Balsemão. Até que se encontram. Esta névoa matinal faz o percurso aéreo destas águas que correm mansas para uma barragem recém construída, onde nestes dias de fogos o helicóptero vai abastecer para fazer o seu trabalho.

Domingos e Diários

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Aqui fica o que tenho vivido nestes últimos dias. 1. Domingo. Ontem senti o que é a vida de um pároco de aldeia. Porque estou a substituir o de Feirão, que aproveitou eu estar cá para fazer uns dias de férias, ontem celebrei em três das quatro paróquias que lhe estão confiadas: Feirão, às 8.45h, Oliveira do Douro, às 10.15h e Ramires, às 11.30h. Estas duas últimas são vizinhas, mas ir de Feirão a Oliveira do Douro são simplesmente 24 km em curvinhas atrás de curvinhas e meia-hora, bem medida, de caminho. Feirão pertence ao concelho de Resende e Oliveira ao de Cinfães. A ponte do rio Cabrum, que vai afluir ao Douro, faz a passagem dos concelhos. Oliveira do Douro fica num alto, mas faz jus ao nome: vê-se o lindo Douro, manso, no seu leito. Celebrei as três Missas, todas seguidas e confesso que, quando me sentei para almoçar, estava cansado. É ainda de registar a imagem de São Domingos que lá encontrei. Ainda tive de explicar a uns senhores o significado do cão aos pés de São Domingos. 2

A História de uma Cruz

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Março de 1960. A cruz lá está, à beira do caminho, a indicar a quem passa que ali morreu naquele ano invernoso a tia Carminda. A indicar e a pedir orações. Que outra coisa poderia a cruz pedir senão que rezássemos por quem passou a vida a pedir? A tia Carminda, filha das tristes ervas, com dois filhos, também eles da mesma origem, era pobre e pedinte. Não pedia para ela, pedia para os filhos. Um andava ao dia, a trabalhar para quem o rogasse, e o outro na escola, tentando aprender algumas letras e alguns números. A mãe, outra coisa não sabia fazer. Não havia dinheiro nem para gado nem para comida. Era mais pobre que outras famílias que tinham ao menos umas ovelhitas ou um bocado de terra onde cultivar uma mão cheia de batatas ou de cebolas. Esta mulher, o destino assim tinha traçado, era pobre. Pobre e pedinte. Todos os dias, ainda antes do sino tocar as Trindades, ela saía, com o seu saco de serapilheira, remendado num canto com um tecido às flores, para ir de ladeia em aldeia fazer o

Feirão em imagens

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Todas as manhãs um passeio. Hoje foi de Feirão às Dornas, um povo que fica detrás do Penedo Gordo, a minha vista de todas as horas. Aqui ficam algumas fotografias sobre esta freguesia. (Um campo de milho) (Uma casa típica de Feirão. Em baixo as lojas, em cima as casas) (A flor da abobreira. E lá andam, as incansáveis abelhas a tratar da vida delas... e da nossa!) Um pastor - da minha idade - que vem do monte. (esta é uma das vistas panorâmicas de Feirão) (Silvão, de onde se apanham as maiores amoras e as mais doces)

Sobre a poesia contemporânea

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Os poemas de hoje não têm regra. Os sonetos são obsoletos, nem têm que rimar. Agora procurar palavras para que haja cadência não faz sentido. Medir as frases é tempo perdido. As quadras são provincianas ou paroquiais, como agora se diz para significar poucochinho. O antigo passou. O que conta agora e sempre contou é dizer de forma bela, mais ou menos ordenada, as emoções, as razões. O tema continua o mesmo: a existência. O poeta escreve por si, é uma necessidade sua. Simplesmente escreve. E impõe a sua regra. Deixa agora gravado numa folha ou na memória de uma máquina ou ainda num pequeno cartão, os poemas que a vida lhe vai ditando. (esta imagem encontrei-a na net. Só consegui descobrir que se chama "casa do poeta")

Um mosteiro de clausura

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Aqui o dia começa com o tocar do sino, às 6.30h e termina com o mesmo toque às 22h. Estes sinais, dados a partir do sino do claustro, indicam que começa o silêncio nocturno. Este mosteiro, situado na colina dos Remédios, tem actualmente 8 monjas, uma delas acamada, com quase sem anos. Uma comunidade envelhecida, para quê esconder, mas que tenta manter todas as regras e tradições da espiritualidade dominicana. O dia é pautado pela oração. Quando o sino toca manhã cedo, mesmo antes dos sinos dos remédios tocarem a Trindades, estas irmãs começam o seu dia. É tempo de ir cantar a Deus os louvores matutinos. Tudo cantado. Às sete horas já estão elas na capela para rezar Laudes , depois a hora de meditação que termina com a Hora de Tércia . Entretanto começa a Missa, todos os dias à mesma hora, aos domingos com mais assembleia, e assim entregam a Deus as primeiras horas do seu dia. Só depois das acções de graças da Missa é que vão para o refeitório para o pequeno-almoço, frugal e rápido. Vem

Trás da Sé

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Estou em Lamego. Após uma viagem relativamente rápida - antigamente demorava-se quase meio dia para cá chegar - eis-me nas berças. E como cheguei à hora do almoço, decidi almoçar num pequeno restaurante; pequeno, bom e barato. Trás da Sé. Podia ser um lugar de encontro combinado (encontramo-nos atrás da Sé), mas é o nome deste restaurante. As paredes, de pedra tosca, que sobressaem do cimento, estão pintadas de branco, verde, vermelho e azul. Tem também pendurado umas cabaças seca, a servir de decoração e ainda umas flores secas espalhadas. isto acima de nós. Ao nosso nível, quando nos sentamos, vemos mensagens escritas em papel próprio, centenas, lavradas pelos comensais que por aqui passam. Cores variada, línguas varidas: inglês, francês, alemão e até em português, não estivessemos nós na nossa terra. Este restaurante já vem indicado nos guias turísticos, não me admira, por isso, que veja entrar turistas estrangeiros, de guia turístico na mão, a pedir uma mesa para almoçar. Completam

Preparativos

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Ao som dos Concertos de piano de Rachmaninov entro nos preparativos para os próximos dias. Saio amanhã para Lamego, para o Mosteiro das Irmãs Dominicanas de clausura onde, com elas, celebrarei a festa de São Domingos, no próximo Domingo. De lá para Feirão. Com a minha mãe em quinze dias de férias - na realidade não são grandes férias porque irei substituir o pároco de lá para ele poder ter férias - para desfrutar do habitual: as vistas da serra de Montemuro, as pessoas, o fresco do final da tarde... enfim, quando estamos onde gostamos tudo tem o seu toque especial. (Esta fotografia foi tirada do terraço da casa da minha família. A este monte chamamos Penedo Gordo). Levo trabalho. Em Setembro estarei em Roma, no Capítulo Geral dos Dominicanos. Vamos eleger o próximo Mestre da Ordem e delinear prioridades e desafios para os próximos três anos. Nos últimos meses fui recebendo de Roma os relatórios que terei de ler nestes dias para que o trabalho de casa vá feito. Como sempre, nos dias ant

O que ando a fazer

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Vivo dias felizes. Calmos. De descanso. Sem deslizes. Na sombra do meu quarto, leio, estudo e escrevo, também rezo. Oiço música calma, antiga ou moderna, profana ou sagrada seja ela louvada. Cadências que me fazem voar, sonhar... Vivo o silêncio; muito, forte e bom, que não é demasiado e é habitado. Os sons que me chegam são puros, brancos como os pensamentos, ou as paredes do claustro que refrescam o calor de Agosto. O que ando a fazer? Nada. Simplesmente a viver. (Paisagem de Verão, Jan Van Os, séc. XVIII)

Símbolos

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Assumi o encargo de celebrar a Eucaristia, esta semana, a Irmãs não-dominicanas, que estão a promover um campo de férias vocacionais . São doze raparigas que aceitaram o desafio de, durante uma semana, reflectirem sobre a vocação, o que não quer dizer que possam vir a ser freiras, mas também pode ser que sim. Cada dia valorizam uma cor, a de hoje era o azul, reflectem sobre uma atitude, hoje calhou a da confiança e enriquecem um momento da Eucaristia, que hoje foi o do ofertório. Foi-lhes pedido que deixassem no altar um símbolo que lhes dissesse algo e que explicassem. Desde o fio que as Irmãs usam, passando pelos óculos, carteiras, pulseiras e relógios, cada uma foi explicando o porquê desse objecto. Eu, como fui apanhado de surpresa, vali-me de um clipe (aquela pequena peça metálica que usamos para prender papéis) para lhes dizer que assim como o clipe une papéis, assim a nossa vida deve ligar e estar unida a Deus e aos outros. Como o Evangelho falava de Pedro que, ao caminhar nas

Sobre o Pai-Nosso

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Na sequência do Domingo passado, em que escutávamos Jesus, no Evangelho de Lucas, a ensinar os discípulos a rezar, que resultou na oração do Pai-Nosso, recebi um texto simples, sem autor - embora desconfie de quem seja, que me fez pensar no bem que nos faz rezar o Pai-Nosso e ir conformando a vida com o que rezamos. Aqui fica o texto que recebi: Não digas «pai», se a cada dia não te comportas como um filho. Não digas «nosso», se vives isolado no teu egoísmo. Não digas «que estais nos céus», se só pensas nas coisas terrenas. Não digas «santificado seja o vosso nome», se não o honras. Não digas «venha a nós o vosso Reino», se o confundes com coisas materiais. Não digas «seja feita a vossa vontade», se não a aceitas quando é dolorosa. Não digas «o pão nosso de cada dia», se não te preocupas com quem passa fome. Não digas «perdoai-nos as nossas ofensas», se manténs rancor contra o teu irmão. Não digas «livrai-nos do mal», se não tomas posição contra o mal. Não digas «ámen», se não compreen