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Quando a misericórdia tem o sabor de Deus

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As leituras deste domingo são de uma grande beleza. Dizem-nos uma verdade que devemos ter sempre presente em nós: Deus não nos abandona.  Na primeira leitura da profecia de Jeremias Deus diz-nos que cuidará de nós. O salmo diz-nos que ainda que tenhamos de passar os vales mais tenebrosos da vida temos confiança porque Deus está connosco. Na segunda leitura a certeza de que a paz que nós desejamos e devemos promover está em Cristo e é uma paz universal. E no Evangelho, Jesus que se compadece de nós e não nos deixa sozinhos. Deus não nos abandona, Deus nunca nos abandona.  Na semana passada ouvíamos Jesus no Evangelho a enviar os seus apóstolos. E hoje o regresso. O evangelho está construído em três tempos: o regresso e o convite de Jesus a um tempo de descanso, a viagem para a outra margem e Jesus, que compadecido de toda aquela multidão, começa a ensinar-lhe os valores do Reino de Deus para que sintam Deus sempre próximo.   Os apóstolos regressam cansados mas alegres...

Uma Igreja sem fariseus

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Retomamos os domingos do tempo comum que nos levarão até ao final de Novembro. Tempo comum porque não celebramos nenhum mistério especial da vida de Jesus embora a Eucaristia dominical seja o lugar privilegiado para o encontro com Jesus e com os irmãos na fé. Retomamos então no IX domingo do Tempo Comum, com esta passagem do evangelho de Marcos que nos fala do confronto dos fariseus com Jesus a propósito da instituição mais sagrada para o povo judeu: o sábado.  Dissemos na quinta-feira passada que o ritmo dos cristãos é a partir do domingo. Apesar de termos o fim de semana o domingo já não faz parte dele. O domingo é o primeiro dia da semana. Amanhã já será segunda-feira. Não há primeira-feira porque ao domingo não há feira. É o dia dos cristãos celebrarem a sua fé na alegria de Cristo ressuscitado. Mas Jesus era judeu e viveu num ambiente judaico. E para os judeus o sábado era uma instituição sagrada. Em dia de sábado ninguém podia trabalhar ou realizar acções de criação, como apa...

As rotinas de Jesus

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Quando nos olhamos ao espelho vemos o nosso rosto. Se a Igreja se visse ao espelho, teria de ver o rosto de Cristo. Seguindo o seu Mestre, a Igreja assume e testemunha a vida de Cristo vivendo-a e pregando-a. No Evangelho deste domingo, que continua o relato da semana passada, conta-nos um dia da vida de Jesus. Certamente que, como nós, Jesus terá tido as suas rotinas, mesmo que cada rotina estivesse cheia de novidade e de esperança. Por este dia-tipo da vida de Jesus, percebemos que se entregou plenamente ao Reino de Deus, entrega essa que não dispensava falar ao povo (pregação), confortar e curar os mais fracos e doentes (milagres) e, sobretudo, não dispensava falar com Deus (oração). Três colunas essenciais para a Igreja como um todo e para cada um dos seus membros. Sempre que falamos de Jesus com palavras e obras, mas sobretudo com a própria vida, sempre que nos aproximamos dos mais fracos e desprotegidos, sejam eles quem forem, sempre que nos retiramos para dar tempo a Deus, es...