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Há nascer e há morrer

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Diz Qohélet que há um tempo para tudo e tudo tem o seu tempo. E que há um tempo para nascer e outro para morrer. Nasceu no domingo, ao final do dia, o meu primo mais novo. Os pais deram-lhe o nome de João Pedro e hoje fui visitá-lo. A mãe está bem e o menino também. Eu o mais velho e ele o mais novo. com quarenta anos e sete meses de distância. Está a minha tia contente e eu fico contente com ela. Mas também há o morrer... Não morreu ninguém mas morre um pouco de mim: com pena vou ter de  deixar o Hospital da Luz. Oficialmente terminei no dia 30 de Junho mas prolongo até finais de Agosto. O motivo da saída é o que já se sabe: assumir o noviciado a partir de Setembro. Sete anos vividos com intensidade, que me ajudaram a amadurecer na vida e a estar próximo das pessoas que mais sofrem.  Espero, no final de Agosto, vir aqui fazer uma despedida e avaliação do que vivi no hospital. Para já fica a notícia desta pequena morte que, como tantas outras, são geradoras de vida. E...

Dor de mãe

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Pediram-me para substituir um padre num hospital. Fui, tranquilamente, para celebrar a Missa. No final, lágrimas e dor: um menino de 13 meses a morrer nos cuidados intensivos pediátricos. Os pais, ainda novos, desfeitos em lágrimas, vinham chamar a avó, para se despedir do menino. A avó agarrou-se a mim a chorar, eu ainda paramentado, e a pedir-me para que fosse com ela ver o menino e rezássemos juntos por ele. Lá fui eu, com os pais e a avó. Pelo caminho a avó rezava: Jesus, tu ressuscitaste Lázaro, não deixes morrer o menino. E o menino lá estava. Aparentemente a dormir mas o choque eléctrico de que foi vítima atacou-lhe o cérebro e não há nada a fazer. Impus-lhe as mãos, rezámos uma Avé Maria enquanto os pais cobriam o menino de beijos. Eu afastei-me e eles continuavam a implorar a Deus e ao menino que não fosse esse o final, que ele ficasse. São estas as dores incuráveis: pais que perdem os filhos, com poucos meses de vida. Também a mim, nestes momentos, vêm as nuvens do porqu...

Dias longos mas luminosos

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Dia especialmente pesado, o de hoje. Logo manhã cedo, depois das Laudes, enviar os mails que, se não seguissem cedo, já ficariam para amanhã. Começo a bater o meu record de mails, nunca menos de trinta ou quarenta, com pedidos, perguntas, informações... E ter de responder a tudo. Como diz um amigo meu, antigamente é que era bom: enquanto a carta era escrita e chegava, a resposta se fazia e se enviava, sempre se descansava. E depois dos mails, a meia-manhã, reunião com o Presidente e com o Assessor da Junta de Freguesia de Santo António. Têm preocupações e consciência social, o que me agrada. O Presidente da Junta passa os dias nas ruas, com as pessoas, encontrei-o num café quando estava a subir a rua.O motivo era avançar um pouco mais depois do nosso primeiro encontro: a elaboração de um protocolo, um espaço que possamos ter para deixarmos as nossas coisas e quais os limites, que são poucos, dada a abertura do Presidente. Une-nos a questão social. O que é óptimo. O factor cristão ta...

Entre outras coisas... neuroteologia!

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Razão tem a minha mãe em dizer que o pior mês do ano é o Setembro. Desde pequena que experimentou esta realidade que me faz concordar com ela. Eu tenho dito que Setembro dá cabo do que Agosto me fez de bem. As pressões do recomeço e tudo o mais fazem de um mês que até é calmo em termos de agenda num rodopio de alegrias e dores, penas e trabalhos. Mas não venho aqui carpir nem vitimizar-me do mês pesado que me traz um ano de adianto. Se a chula de Paus canta o "vai-te embora mês de Maio", eu bem que cantaria "vai-te embora mês de Setembro". Mas estou a ser exagerado; não me posso queixar. Até porque Setembro tem o seu quê de calma e alegria. Por exemplo, faz hoje cinco anos que tomei posse da capelania do Hospital da Luz. Cinco anos que deram para conhecer muitas pessoas e muitas histórias de vida. Graças a Deus ajudado por leigos que me valem nas minhas aflições, vamos tentando levar uma presença e uma palavra de Jesus aos que sofrem e aos que sofrem por ver ...

O segundo programa de rádio

Passou na sexta-feira, na Antena 1, o segundo programa de rádio que gravei para a Rádio Ecclesia, no contexto da Semana Social. Este segundo programa fala um pouco sobre o meu trabalho no Hospital da Luz. Aqui deixo o link, se quiserem ouvir: Rádio Ecclesia .

As rotinas

Ano começado, esta primeira semana é de celebrações natalícias nos colégios que só agora fazem as celebrações de Natal. Ao mesmo tempo retomo as rotinas que, semanalmente, estão marcadas na agenda. Regresso hoje ao hospital, após alguns dias de menos permanência. Se, por um lado, o doente que andava na cadeira de rodas já anda hoje em muletas, outros pioraram e, com poucas esperanças, esperam a sua hora. E encolhemos os ombros e dizemos: é a vida. Que mais poderemos dizer da vida senão que ela é assim mesmo e não é mais madrasta por assim ser ou ser de maneira diferente? Uns nascem, outros morrem; uns adoecem e outros recuperam a saúde... e acabamos por concluir sempre da mesma maneira: é a vida.

Fim de tarde agridoce

Agridoce ou doceagri. O meu final de tarde começou por ser de alegria: batizei o Francisco, um menino com menos de um ano, conhecido de uma família que conheci quando me cruzei com um doente paliativo do Hospital da Luz. A esse doente acompanhei-no no final da sua vida, um final que nunca esquecerei. Fiz-lhe o funeral, casei o filho do meio, batizei no ano passado um neto e hoje outro. Em abril vou casar o filho mais novo. É gente de fé. O pai, que morreu no ano passado confidenciava-me certo dia: não peço a Deus um milagre para mim; peço que, no dia da minha morte livre uma criança de cancro. Nunca se saberá se Deus o ouviu. Talvez sim. Mas, depois do batizado, fui ao IPO visitar uma criança de 10 anos, que sofre exactamente de um cancro malvado. Anda nesta luta há um ano e a coisa está difícil. A visita foi curta. Perguntei-lhe como se sentia, se tinha dores... Ás vezes sobram-nos palavras mas depois chegamos à conclusão que nos faltam palavras. Gostava de ter dito a este rapaz q...

Vários pontos de vista e de sentimentos

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1. O Papa lá está em Espanha. Neste momento em que escrevo estas linhas, acaba a impressionante Via-Sacra nas ruas de Madrid. E na mesmíssima Espanha estão os do papa e os do contra o papa. Vários se manifestaram contra a atitude que todos vimos em imagens feias, de violência, entre ateus e católicos. E começam os artigos de opinião, também eles a favor ou contra o papa. Percorro todas as noites dois principais jornais espanhóis (El País e ABC; o El Mundo paga-se...) e é interessante ver os vários pontos de vista: se os reis deveriam ter beijado a mão do papa na sua chegada, se o papa deveria ter recebido honras de estado, que as pessoas não andam afastadas de Deus, mas que é Rouco Varela (cardeal de Madrid) quem anda a afastar de Deus... enfim, coitado do papa que não agrada a gregos e a troianos (entenda-se: laicos e católicos). Sim, porque também há católicos que também estão contra a ida do papa a Espanha. Mas da visita do Papa agrada-me, além da boa disposição daquela malta nova, ...

De mãos dadas

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O meu calvário é um hospital e a minha cruz é uma cama. Os pregos foram trocados por catéteres e tubos, em vez de fel e vinagre dão-me injecções e comprimidos. Não sou um novo Cristo nem o Servo de Deus, mas estamos unidos nas mesmas penas e nas mesmas paixões. As manhãs passam-se em limpezas de maus cheiros, as tardes com visitas que cansam e as noites com barulhos incómodos. Quando se está doente tudo irrita porque a paciência é pouca. E vou olhando quem me visita. E pergunto porquê? Porque é que vieram? Por amizade, talvez, mas as caras que trazem são de inquietação, de tristeza, talvez já se adivinhe que o que aí vem pode não ser bom. E faltam as forças. Há visitas mais assíduas, as do dever, as da amizade, as da família, as do interesse, e há também as não visitas. Sim, há gente que não me visita. Porque não me quer ver assim, porque acha que em breve vou para casa... mas a verdade é que estou aqui há muito tempo. E fecho os olhos. De cansaço. Parece que vejo o meu corpo, os meus ...

O que é ser feliz

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Às vezes perguntam-me se sou feliz. Acho que sim. Apesar de... Qual é a felicidade que se constrói sem tristezas, aborrecimentos, fadigas, trabalho, desânimos, o não que temos de dizer... Não é a capacidade de resistir e vencer o mal que faz conseguir o bem e a felicidade? Costumo dizer que sim, que sou feliz. E, às vezes, como tanta gente, não estou feliz mas continuo a achar que sou feliz. Ontem, no hospital - há muito que não escrevo sobre o quotidiano hospitalar -, foi um dia em que juntei o estar feliz com o ser feliz: levar um doente à Missa porque os maqueiros estavam com muito trabalho e, no caminho, conversar com ele sobre a vida; ir ao quarto de outro doente que há muito tempo não se confessava e comungava e depois, entre lágrimas, reconciliar-se e querer ser melhor; ir dar a comunhão a uma senhora que está mal e ouvi-la dizer que uma das grandes alegrias que tem é a de os senhores padres passarem no quarto dela para conversarem com ela e levar-lhe a comunhão; passar por uma ...

O calvário do mundo

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Sexta-feira, dia de trabalho no hospital. Que hoje me pareceu uma verdadeira Via-Sacra: as estações são os quartos onde estão os Cristos deitados na sua cruz que é a cama com cireneus - os médicos e todos os que cuidam deles - e até a pouca companhia como Jesus na cruz. Um verdadeiro calvário. Não me entendam como se dissesse que o hospital é um lugar terrível ou até evitável. Não, a cama de um hospital é um calvário, no que traz de sofrimento, de aceitação ou revolta, de esperança e de confiança em Deus, se nele crêem. Três estações marcaram este dia (estação quer dizer paragem). Um doente que recebe uma notícia não muito feliz, que também não era nada que não estivesse já no horizonte. Este doente, depois da visita do médico e já comigo diz-me: clinicamente não há tratamento eficaz, estou com Deus, quero preparar-me espiritualmente para ter forças. E comungou. Aqui temos um Cristo que hoje transmitiu assim a sua entrega, que não é muito diferente da de Cristo na Cruz: "Pai, nas ...

Só agora

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E ainda dizem que os padres levam boa vida! São 00.23. Só agora terminei tudo o que tinha marcado para o dia de hoje. Desde a oração da manhã, às 7.30, até ao fechar da porta da igreja, há dez minutos, foi o dia passado de cá para lá: receber técnicos da televisão, ir ao médico com um frade, ir para o hospital (é quarta-feira), jantar rapidamente, preparar as coisas para o concerto, assistir a parte do concerto, fechar a igreja... e ainda vir aqui partilhar um pormenor do meu dia. Fui hoje, pela primeira vez, ao berçário da neonatologia. Estão lá três bebés. Fui visitar o pequeno Francisco que nasceu há quinze dias. Nasceu prematuro, está na incubadora e, quando me decidi ir conhecê-lo, vi uma das imagens mais bonitas dos meus últimos tempos: estava a mãe abraçada ao seu bebé, muito pequenino. Mas mesmo muito pequenino. Os dois em silêncio. Talvez o Francisco a sentir o coração da mãe (explicou-me a mãe que a posição "canguru" é muito benéfica para os bebés por causa disto me...

Senhoras das dores

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Hoje é dia de Nossa Senhora das Dores. Nossa Senhora foi uma mulher e uma mãe como qualquer outra: teve alegrias e teve tristezas. Hoje lembramos as tristezas e as dores. A tradição fala de sete dores de Maria, relacionadas com o seu filho: três à infância e quatro à vida pública. São dores de mãe, dores humanas, dores de sangue. Este ano celebrei a Missa no Hospital da Luz. Foi a bênção da capela do hospital. Presidiu um Bispo Auxiliar, esteve o Pároco e o Responsável da Pastoral da Saúde. Eu "tomei posse" da capelania. Na oração dos fiéis, que foi partilhada, pedi pelas mães que sofrem pela perda dos seus filhos. Pedi, em especial, por duas mães que choram neste dia, porque os seus filhos, ainda bastante novos, vão partir. E diante de tamanha dor não há palavras humanas que consolem. Só as de Deus. E as palavras de Deus às vezes são silêncio. Como se lê no Livro das Lamentações (3, 26): "É bom esperar em silêncio a salvação do Senhor".

A riqueza do hospital

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Um dos motivos que me levou a criar este blogue e até a dar-lhe, indirectamente, este nome, foi o de trabalhar num hospital. Achei, desde o princípio que fui para lá, que me iria fazer bem e que me iria enriquecer. Não monetariamente, claro está, porque entendo que o dinheiro não paga tudo e mal de mim quando fizer da minha vocação uma fonte de rendimentos. Mas, dizia, tenho enriquecido muito. Quer a nível espiritual quer a nível científico mas, ultimamente, a nível literário. Hoje fui visitar, pela terceira vez, uma senhora, já com alguma idade, que está internada no hospital. Na primeira vez, estava nos cuidados intermédios. Estava à minha espera. Não queria passar o domingo sem comungar. Na segunda vez, já melhor, num quarto partilhado com uma rapariga que poderia ser sua neta (pelo menos). Quando comungou, estando eu a falar com a mãe desta rapariga sobre fé disse-nos: "Quando comungo digo: Senhor, eu creio em vós, mas aumentai a minha fé". E explicou com as mesmas palavr...

À porta dos 100

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Despedi-me ontem desta veneranda senhora. Quase nos cem anos, cara muito branquinha e de olhos azuis. O tempo não marcou muito a sua cara. Quando soube quem era e ao que ia emocionou-se. Tinha pertencido à Legião de Maria, foi à Missa todos os dias, enquanto pôde, mete-lhe pena as pessoas viverem sem esperança e não se despedirem com o "até amanhã, se Deus quiser". Quase sem audição leu nos lábios que iamos rezar o pai-nosso. Rezou-o de olhos embargados, comungou fervorosamente e agradeceu. Despedi-me: "Muitas felicidades e até um dia, se Deus quiser !"

O caminho

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Disse-me que sim. Disse-me que estava preparada para partir. Que gostava de poder fazer mais mas que compreende que não consiga. O Parkinson vai avançando, vai deixando as suas marcas. Não tem medo de morrer nem tem medo de Deus. Disse-me: " Deus não castiga. Deus mostra o caminho ".

Degenerar com dignidade

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Acabo de vir do hospital. Reencontrei uma senhora que o Parkinson vai atacando . Quer escrever mas quase não consegue. Gosta de ler para os outros mas não gosta de ditar porque não consegue exprimir o que sente. Quando entrei no quarto estava a escrever sobre o Inverno e as recordações que lhe traziam: a chuva, as trovoadas, a avó à lareira... Uma senhora que fez voluntariado em oncologia, vê-se agora limitada pelo Parkinson. Para mim o mais difícil da vida não é a morte mas a degeneração. Digo degeneração e não degradação. Degenerar não tem que ser degradar. Pode-se degenerar com dignidade. É a degeneração degradante que me aflige. É o que sinto no hospital: cada doente tem a dignidade que merece. Crente ou não crente, mais simpático ou mais resmungão. Um doente é um desafio à nossa capacidade de ir ao encontro daquele que está mais débil e que precisa de nós. Ao ver um doente de cancro, Parkinson e até de Alzheimer - tudo doenças degenerativas - olho também para o seu contexto....

Miguel Torga no hospital

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Voltei a visitar uma senhora, internada no Hospital da Luz, unidade de cuidados paliativos. Sempre me fez muita impressão a rotineira pergunta: "Então como vai?" Se uma pessoa sabe que não está bem a resposta vai ser: "mal!". Opto por outra pergunta: "Então como tem passado?" E então há mais possibilidades de resposta e de seguir conversa: "Estou bem, não tenho dores..." Mas, como dizia, visitei esta senhora pela segunda vez. É impressionante como se mantém calma e serena em relação à morte que está perto. Tem pressa de morrer. Não queria morrer em casa... "Deus não me chama", disse-me. Falámos, então, do tempo de Deus que é diferente do nosso tempo. Mas o grande tema de conversa foi Miguel Torga, de quem ela é apaixonada: "é a minha paixão!" Vêm-lhe as lágrimas aos olhos. Li pouco Miguel Torga. A primeira coisa foi o Romance da Raposa. Já muito mais tarde li os Contos, e agora, tenho na estante a Poesia Completa e a Vindima à...

O que faz um terço

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No mês de Maio, os católicos celebram o mês de Maria. Não há nenhuma razão em especial. Talvez por ser o mês mais bonito do ano. Há mais flores, os dias são mais alegres, em Portugal temos a festa do 13 de Maio, dia da aparição de Nossa Senhora em Fátima... Uma tradição bonita. Neste mês há também muitas manifestações de piedade a Nossa Senhora: procissões, celebrações marianas, reza do terço. O terço - alguém o chamou a Bíblia dos pobres - é talvez o objecto religioso mais difundido na nossa cultura ocidental. Actualmente nem está ligado só aos católicos. Entrou na moda, vemos os mais novos com o terços de plástico fluorescente ao pescoço, vemo-los nos carros, talvez para dar sorte, vemo-los nas mãos dos peregrinos a pé a Fátima, nas reportagens televisivas, outros usam-no nos bolsos, para poder rezar quando tiverem um bocadinho de tempo, que é o meu caso. Há pessoas que o rezam enquanto conduzem, outras que precisam de um espaço sagrado, outras ainda colocam-se em sintonia com a rádi...

Uma visita inesperada

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A segunda-feira é um dia calmo na minha semana. Hoje um pouco mais movimentada que o costume. Chamaram-me ao hospital para celebrar a Santa Unção, que muitos católicos, erradamente, ainda vêem como "extrema-unção", e depois, dia calmo até ao final da tarde em que recebi várias pessoas. A segunda-feira é, também, o chamado "dia comunitário". Ou seja, os que vivem na minha comunidade, somos 15, neste final de dia reunimo-nos ao final do dia para celebrar a Eucaristia, jantamos juntos e depois uma reunião ou tempo livre. Foi neste tempo liver que hoje visitei uma família amiga, cujas filhas irão fazer a Primeira Comunhão no próximo Domingo. Conversa de família, com perguntas às meninas sobre o que era a primeira comunhão, os sacramantos e confissão. Estão preparadas. À saída do prédio econtrei um freguês (sabiam que freguesia é uma palavra cristã? Vem do latim filii ecclesiae , ou seja, filhos da Igreja), e também Amigo, António Saiote. Alentejano de Alavalade do Sado,...