Só agora


E ainda dizem que os padres levam boa vida! São 00.23. Só agora terminei tudo o que tinha marcado para o dia de hoje. Desde a oração da manhã, às 7.30, até ao fechar da porta da igreja, há dez minutos, foi o dia passado de cá para lá: receber técnicos da televisão, ir ao médico com um frade, ir para o hospital (é quarta-feira), jantar rapidamente, preparar as coisas para o concerto, assistir a parte do concerto, fechar a igreja... e ainda vir aqui partilhar um pormenor do meu dia.

Fui hoje, pela primeira vez, ao berçário da neonatologia. Estão lá três bebés. Fui visitar o pequeno Francisco que nasceu há quinze dias. Nasceu prematuro, está na incubadora e, quando me decidi ir conhecê-lo, vi uma das imagens mais bonitas dos meus últimos tempos: estava a mãe abraçada ao seu bebé, muito pequenino. Mas mesmo muito pequenino. Os dois em silêncio. Talvez o Francisco a sentir o coração da mãe (explicou-me a mãe que a posição "canguru" é muito benéfica para os bebés por causa disto mesmo). Fosse eu pintor e pintava-os. Como não sou deixo-vos esta imagem de uma Nossa Senhora com o seu menino ao colo. É de um pintor italiano, do século XVI, Corregio. A semelhança é só mesmo da relação mãe-filho, porque o Francisco ainda não é tão rechonchudo como este menino Jesus barroco. Peço para o Francisco o que se dizia de Jesus: que ele cresça em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. Com calma. Força Francisco!

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