Manhã de Missas


Dia de trabalho contrastante: manhã de trabalho movimentado, tarde de trabalho de secretária. Apesar de me cansarem, gosto de dias cheios. Não são evasão, nem prova de esforço. Serão talvez sinal de utilidade de vida.

Esta manhã, desde o levantar até ao meio dia foi tudo à pressa: do quarto para a igreja, do convento para o colégio do Sagrado Coração de Maria, do colégio para o hospital, do hospital para os correios e dos correios para casa. Não é queixa, é alegria do estar para servir. Santa pressa e santa correria, concluo.

As missas foram, uma no colégio, outra no hospital. A do Colégio, a terceira Missa da primeira série, sempre às terças-feiras, pelas 8.30h, é a conclusão de um trabalho de sensibilização, junto de uma instituição de solidariedade social: os do 10º estiveram na Casa do Gaiato, os do 11º na Comunidade Vida e Paz, os do 9º na Casa de Saúde da Idanha. Estas visitas inserem-se no lema do colégio para este ano: "Pegadas de Esperança". E, no acto penitencial, pede-se perdão a Deus pelos medos, que não são favoráveis à esperança; as leituras falam de medo e de esperança e a homilia como viver no nosso mundo com a esperança cristã. Depois da missa o já habitual café, com alguns professores da equipa de pastoral. Não sei o que ficará na vida desta malta nova destes contactos com Deus e com os outros; uma coisa, porém, é certa: "Um é o que semeia e o outro o que ceifa".

Depois desta Missa, outra no hospital. Mais calma, num quarto, com a celebração da Unção dos doentes a um amigo meu que teve um percalço nestes últimos dias e que foi hoje operado. Soube há pouco que tudo correu bem.

A tarde é de trabalho, à volta do retiro de sábado, enquanto faço, ao mesmo tempo, cópias da Missa de Domingo passado para dar aos intervenientes directos.

No livro que ando a ler nos tempos livres, que hoje falava sobre a amizade, encontrei um parágrafo frase que enriqueceu a minha noção de amigo e de amizade. Partilho-o convosco: "Um amigo goza duma natureza imortal. É porque a amizade se cobre de melancolia por não chegar ao prestígio do amor, que os deuses lhe concederam o dom da imortalidade. Mas um amigo nasce, não se improvisa, não se inventa, não se escolhe até. É uma dádiva, é um sentimento que tem a inteligência de continuamente se renovar pela meditação das conversações escritas ou faladas".
(Este ícone, é comummente chamado o "ícone da amizade".
Representa Cristo abraçado a um monge, Menas.
É do século VI e o original está no Museu do Louvre.)

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