Um caminho de silêncio

A obrigação foi o motivo a necessidade uma utilidade. Consegui ter um dia mais livre e fui a Fátima. Saí cedo para chegar cedo e aproveitar a manhã para a necessidade de estar só e em silêncio. Fiz o caminho dos pastorinhos, que nós conhecemos como o caminho da Via Sacra e do Calvário Húngaro. Alguns grupos estavam a fazer a Via Sacra - espanhóis, canadianos, polacos, italianos -, outros no desporto, uma senhora sentada no muro a rezar devotamente o seu terço, e eu. Eu em silêncio, apesar do que se ouvia cantar e rezar em línguas que não a minha. E também eu fiz a Via Sacra, em silêncio, lembrando-me de quando era criança e da maneira como fazíamos a Via-Sacra, e também dos próprios quadros das estações. Sem muito sol lá fiz o meu caminho, em silêncio e com calma. Terminada a Via Sacra fui aos Valinhos onde há dois monumentos, não menos importantes, e que nos convidam à oração: a loca do cabeço, onde se diz o anjo ter aparecido aos pastorinhos e o lugar da aparição de Agosto. Dois...