O bom odor de Cristo

Desde o ano de 1233 que este dia 24 de Maio ficou gravado na memória dos frades que viviam naquela altura e na história da Ordem Dominicana. O frades tinham decidido, com alguma pressão do Papa Gregório IX, que tinha convivido com São Domingos, levantar o corpo de São Domingos do primitivo túmulo, que estava meio abandonado e entregue às intempéries, para um novo túmulo no novo convento. Os frades queriam fazer a trasladação meio em segredo, por não saberem em que estado estava o corpo de Domingos. Naquela Idade Média um corpo incorrupto era sinal de santidade. Mas o Papa Gregório, impossibilitado de estar presente, mandou uma comitiva, o que fez com que o segredo se tornasse numa solenidade. E conta a memória deste dia que, mal retiraram a lápide, saiu do corpo de São Domingos uma fragrância muito suave que ficava agarrada às mãos ou às roupas de quem tocava no corpo de São Domingos. Este foi um sinal medieval da santidade de São Domingos que fez com que este mesmo papa o canonizasse no ano seguinte.
São Paulo, na segunda carta aos Coríntios diz que nós, cristãos, devemos ser para Deus um bom odor de Cristo.
São Domingos foi um bom odor de Cristo. Não quando se abriu o túmulo mas em toda a sua vida. Porque falava de Deus aos homens e com Deus sobre os homens; porque tinha a graça da pregação era pregador da Graça, porque amava a todos por todos era amado. São Domingos foi um homem verdadeiramente evangélico, por palavras e por obras, fazendo pela sua pobreza e humildade a primeira e mais importante pregação: pregou com a vida.
Setecentos e oitenta e quatro anos depois, aqui está a Ordem Dominicana, a lembrar este dia, a fazer memória não de uma simples trasladação miraculosa mas de uma vida perfumada com o melhor dos perfumes, o bom perfume de Cristo.

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