Os presentes decifrados

Chegámos à segunda festa mais importante do Natal: a Epifania do Senhor. O episódio relatado na Missa deste Domingo é o da saga dos Magos do Oriente que seguem uma estrela, que se perdem e que se voltam a encontrar com ela e que os leva à casa onde estava o Menino.
A realidade terá sido bem mais simples que o nosso imaginário mas não deixam de ser enigmáticos os três tipos de presentes que oferecem ao Menino: Ouro, Incenso e Mirra.
A tradição cristã interpretou desde cedo o que eles significavam a nível teológico: o ouro, que Jesus era Rei; o incenso, que Jesus era Deus; a mirra, que Jesus era Homem.
Tive a oportunidade de, antes do Natal, ir ouvir a Oratória de Natal de Bach. A última é a da Epifania. E, uma área, interpretou igualmente os três presentes: o ouro que simboliza a fé, o incenso que significa a oração, e a mirra que significa a paciência. Mas a mesma ária pedia a Jesus que ele também nos desse esses mesmos presentes; a fé, a oração e a paciência, para sermos mais ricos aqui na terra e termos um dia a abundância do Reino dos céus. Ora aqui está o que devemos pedir a Jesus, neste dia de ofertas, ao mesmo tempo que, adorando-o como os Magos, lhe prometemos ser firmes na fé, perseverantes na oração e pacientes na tribulação. E cuidado com as estrelas: todas brilham mas nem todas levam a Jesus.

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