O fim dos hábitos

A senhora que trata da nossa roupa chamou-me à lavandaria para me dizer que um dos meus hábitos estava no fim da vida. Que tinha umas manchas que não saíam nem com nada, que já se estava a desfazer em algumas partes e que, se pusesse lixívia nas tais manchas podia ser pior o tratamento que o benefício. Apesar de o ter herdado já bastante gasto (foi-me oferecido em Roma, há quatro anos, quando estive no Capítulo Geral) era o hábito que mais vestia, por ser de bom tecido e, sobretudo, leve. Mas tudo tem o seu fim, mas o fim deste hábito ainda não. Vou guardá-lo numa caixa, para ser usado na última celebração.
Esta semana é de hábitos. Irei a Sevilha tomar parte na tomada de hábito dos noviços dominicanos da Península Ibérica. Dois de Portugal, três de Angola (pertencem à Província de Portugal) e mais três da América Latina. Também eles herdaram hábitos de outros - é assim a tradição - e depois virá o tempo dos hábitos novos, sempre com a esperança de que morra o homem velho e nasça o homem novo.

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