Direitos humanos

O dia de ontem ficou marcado pelo tema que nos ocupou durante o dia que foi sobre a preocupação dos refugiados, migrantes, maus-tratos e tantas situações de gente desprotegida e sem esperança. Depois de duas conferências introdutórias repartimo-nos por grupos, línguas e temas. O meu foi o dos direitos humanos. Enquanto isto, a terra tremia por estas terras, embora muito poucas pessoas do congresso se tivessem dado conta. 
Depois do almoço fomos ao teatro, ou melhor, o teatro veio até nós. Veio da Suécia, uma companhia de teatro cuja presidente é uma irmã dominicana. Não posso aqui contar em pormenor a peça mas eram 3 actos em que no primeiro se assistia a um debate sobre o destino de um convento que se ia encerrar, depois encontros históricos com o bispo Diego, Catarina de Sena, Bartolomeu de las casas e Giordano Bruno. No terceiro acto retomava-se o primeiro para perceber a atitude de cada um dos que entraram no debate. A peça tinha também momentos musicais e instrumentais que tornaram belo e único o momento cultural.
Na parte da tarde tivemos uma partilha de testemunhos de casos concretos de ataques aos direitos humanos. Tive a oportunidade de conhecer o nosso bispo Raul Vera, bispo de Saltillo (na foto, o que está no centro) e de lhe dizer que admirava o seu trabalho incansável junto dos desprotegidos. No seu país é uma denúncia profética aos abusos e atentados à dignidade humana. Na sua pequena intervenção disse que a maneira de seguirmos em frente passa por perdoar o passado. E pediu-nos que não perdêssemos tempo porque somos enviados em missão para acolher e ser voz profética.
No fim do encontro começou uma peregrinação a Santa Sabina que terminou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Mestre da Ordem. E, misturados com os frades concelebrantes, estavam os nossos bispos, com o nosso hábito, sem as grandezas que às vezes se vê em celebrações tão hierárquicas que, quem estivesse fora do ambiente religioso e entrasse numa igreja, iria julgar estar no senado do imperador. Mas ontem não foi assim. Uniram-se a simplicidade e a solenidade em família dominicana.
No fim da Eucaristia viemos para casa em grupo, passando pela praça de São Pedro, onde rezámos pela unidade dos cristãos e pelo Papa.

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