As grandes santas da Ordem Dominicana III: Beata Amada

Como se disse na primeira parte desta exposição, a Beata Amada fez parte, durante muitos anos, do grupo das primeiras monjas da Ordem Dominicana, as três beatificadas em conjunto. No entanto, na revisão do Calendário litúrgico a Beata Amada saiu do grupo, por não e saber quase nada da sua vida.
Por isso, seguindo a tradição, porque a tradição reaviva a memória, diremos o pouco que sabemos desta vida escondida, mas bem iluminada em Deus.
A Beata Amada foi umas das quatro monjas que o Papa Honório III  enviou de Roma a Bolonha, afim de ajudar na construção do recém fundado mosteiro de Santa Inês. Não era difícil dispensar quatro monjas uma vez que o mosteiro de São Sixto contava, naquela altura, com mais de cem monjas. O Papa enviou estas quatro, talvez as mais santas e mais espirituais, para santificar e espiritualizar o mosteiro de Bolonha. Sabemos que ela, em Bolonha, era como que a secretária do mosteiro. Existem vários documentos escritos por ela, como o registo da fisionomia de São Domingos, ditado pela Beata Cecília e escrito pela Beata Amada.
Mesmo não sabendo mais nada, a sua vida foi tão santa como as outras uma vez que, quando morreu, foi sepultada na mesma sepultura da Beata Diana e da Beata Cecília. Por terem sido as fundadoras? Talvez. Por terem tido uma vida santa? Com certeza.
Foi em 1510, por motivo de restauro da igreja do mosteiro de Santa Inês que, sendo necessário abrir as sepulturas da igreja, encontraram-se as ossadas das três beatas. Por esse motivo, quando se beatificaram, juntaram-se as três numa única celebração.
A Beata Amada, ao ser nomeada, é ícone de tantas monjas de clausura que não fizeram nada de extraordinário na vida a não ser viver a vida de uma forma extraordinária. O que já é estraordinário.

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