O caminho da obediência

A minha pergunta não é o que quero de mim
mas o que Deus quer de mim.
Tentar não confundir as vontades e os desejos,
não sobrepor por meus planos aos do Criador.
Que quer obedecer não se preocupa com o que quer fazer
mas com o que é preciso fazer.
Um esforço, uma tentação, uma preocupação.
Aprendemos na vida religiosa o sentido da obediência:
disponibilidade para o serviço.
Rezada e dialogada, a obediência torna-se a resposta a uma voz, a um pedido.
Aprendemos também que a voz de Deus tem mediações.
O discernimento não passa só por mim.
Está a Igreja, estão os superiores, está a comunidade, está o irmão.
E ouvimos o que se nos pede.
Nem sempre é o que pensámos ou quisemos
mas na obediência nao é a minha vontade,
é o "faça-se a Tua vontade" de Jesus e de Maria.
A obediência torna-se um caminho de conversão.
Ao longo da vida agarramos umas coisas, largamos outras,
Acumulamos ainda outras,
vamos fazendo como podemos e sabemos
embora o ideal fosse que fizéssemos mais e melhor.
E dizemos sim a Deus.
Os desânimos fazem parte.
Não somos Deus nem deuses,
tentação humana desde que o homem é homem
e a mulher é mulher.
Os desânimos, algumas vezes involuntários
fazem-nos perguntar porquê nós
e não A, B, ou C, que teriam mais jeito e mais gosto.
Porque Deus assim quis. 
E dará as forças, a inspiração, a vontade e o desejo
de o servir mais e amar melhor.
O caminho da obediência não dá glórias nem prestígios,
medalhas ou distinções.
Quem obedece a Deus sabe que é um servo inútil
e se o bem fazemos e a sua vontade praticamos,
bendito seja Deus.
O caminho da obediência traz felicidade
 porque nos caminhos da fé
só se é feliz em Deus e com Deus.

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