Esta vista não cansa

Cheguei a Feirão. Sair da autoestrada e entrar na estrada que vai de Bigorne a Resende é o aviso de que deixamos para trás a cidade e os seus barulhos e entramos na aldeia dos silêncios, onde não há buzinas nem ruídos estranhos mas o dos guizos das vacas ou do sino da igreja que nos lembra as horas e os seus trabalhos.
Descer o Alto de Gosende dá a sensação do regresso às berças, ao reencontro dos rostos que deixámos no ano passado, mais enrugados, que o tempo também passa pela nossa pele, do como está e quanto tempo fica.
Visitas protocolares aos da família e mais chegados, entrada no café que funciona como um rastilho para espalhar a notícia do já chegou e do amanhã há Missa.
Limpeza da casa, compras de alimentos, que aqui o ar não alimenta, só refresca, e um fim de tarde voltado para o Penedo Gordo, a vista que não cansa.

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