Na simplicidade

Há percursos e ocasiões na vida que nos pedem simplicidade e essa simplicidade torna sublime os mesmos percursos e ocasiões.
Foi o caso dos últimos dias em que fui com a João 13 a pé a Fátima. Fátima porque sim e a pé porque sim também. Há simplicidade em tudo. Desde a simplicidade das vidas à simplicidade das conversas, passando também pela simplicidade das orações e celebrações.
Este ano descobrimos um pequeno campo, limpo e murado, com uma grande pedra no meio onde celebrámos Missa num dos dias e onde quisemos voltar para a Eucaristia de domingo. A simplicidade de tudo, a começar pelo lugar aprazível e acolhedor que, para mim, foi mais eloquente que a maior das catedrais ou mosteiros. A simplicidade dos cânticos e das orações, das leituras e das alfaias. Tudo simples, tudo belo, tudo marcante. E sentir a presença de Deus numa sombra, num sorriso ou numa lágrima, a força da fé que nos faz caminhar juntos, rezar juntos, e comungar na fé o corpo e o sangue de Cristo.
Tenho ouvido nos últimos tempos algumas músicas espirituais francesas. Nestes dias de simplicidade e de partilha, veio-me à memória várias vezes o refrão de um deles que canta assim: Venho a ti de mãos abertas/ com a minha fome, a oferecer-te a minha vida; Tu vens a mim de mãos abertas/ com este pão, ofereceres-me a tua vida. E até isto requer simplicidade. Dou graças a Deus por estes momentos que me preenchem e por aqueles que comigo caminham. Na simplicidade.

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