Advento e Natal


Na Igreja amanhã será dia de ano novo. Acabámos hoje o Tempo Comum e ao final da tarde, um pouco por todo o mundo, começamos a celebrar um novo tempo - o Advento - e um novo ano.
Para mim o Advento é o tempo mais bonito e com mais espiritualidade. Conjuga-se o inverno e o frio, ao mesmo tempo que começam os preparativos para o Natal. Na Igreja escutamos as profecias de Isaías sobre o Messias, repete-se o refrão "Vem, Senhor Jesus" (Maranatha), muitos dos cânticos são entoados em tom menor o que dão uma doçura às letras algo melancólicas que nos falam da vinda de um Messias e, com ele, a promessa de um mundo melhor. O mundo prepara-se para celebrar o Natal. Mas, que Natal? O da azáfama da compras, o da ilusão das luzes, o da cegueira diante dos que passam fome? Que paradoxo... Jesus nasce pobre e nós vivemos na riqueza. Nasceu num lugar esquecido e nós passeamo-nos nos colombos e nos vascos da gama. Jesus vem mostrar-nos o real da nossa vida e nós preferimos olhar para as montras, espelhos do nosso egoísmo.
No entanto, para os que temos fé, o Advento será sempre um sinal de esperança. De que um dia este Menino vai nascer. Ou melhor, que nós nos vamos aperceber que ele nos faz falta e que continua a nascer, cada ano, como uma planta ou como um bebé. Nesse dia iremos comprar roupa para os nus, comida para os famintos, convidar os sós para partilharem connosco a mesa e o calor da companhia. Aí haverá Natal. Aí nascerá Jesus. Bom Advento!

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