Reconfigurações

Aterrei em Lisboa. Que é como quem diz. Regressei à base. Depois de 10 dias fora, volto ao trabalho do dia-a-dia. O que estava mais ou menos esquecido voltou: o meu computador que se avariou já está operacional, embora tenha perdido grande parte dos últimos documentos em que estava a trabalhar. Agora, reconfigurar tudo de novo: programas, favoritos, documentos... como se tudo se tivesse desmoronado e andar agora entre os escombros a ver o que é que ficou...
O barulho dos carros e a correria voltaram. Que ironia. Ainda por cima no dia de São Bruno. Até eu tenho que me reconfigurar à cidade, que já quase tinha esquecido. Depois de dias tranquilos e silenciosos é difícil o readaptar.
Entretanto, os planos mudaram nos últimos dias. Uma chamada de urgência de um mosteiro de monjas dominicanas a dizer que uma monja que conheço estava muito mal e que me pedia para me ver. Lá fui eu, numa visita-relâmpago, entre a tarde de terça e o dia de ontem, subir e descer montes às voltinhas, para ir a uma pequena vila, num recanto das Astúrias, para estar uma hora com ela, ouvi-la, confessá-la e celebrar Missa para a Comunidade. Certamente que foi a última vez que nos vimos. Mas tirámos uma fotografia. Agora ela espera o seu dia, entre as dores do corpo e o conforto da comunidade. Entretanto, à saída do Mosteiro, já entre as montanhas que nos traziam para a autoestrada, encontrámos um pequeno restaurante de comida regional e parámos para almoçar. Bom e barato, como já vai sendo raro. Nas Astúrias pedimos a famosa cidra asturiana. E esperávamos que o senhor que nos servia fizesse o número de altear a garrafa da cidra para o copo mas qual quê! (ver fotografia) Enviou esta maquineta na garrafa e disse: agora é só apertar neste botão. E eis o resultado. Já nada é como era.
Mas enfim. O que é certo é que para mim é um recomeçar. Era tão bom quando não havia mails nem telemóveis... era tudo bem mais calmo.

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