Tenho sede

Quinta palavra de Cristo na Cruz. Não tem nenhum sentido espiritual, mas sim o que um homem cansado e agonizante sente depois de tantos tormentos: sede. Nos Evangelhos não é primeira vez que Jesus sente sede. Quando entra em Sicar e se senta à beira do poço, na hora mais quente do dia, Jesus também pede à Samaritana que lhe dê de beber.
A sede, uma das primeiras necessidades humanas, tem na Bíblia uma outra dimensão mais espiritual: a sede de Deus, a sede de Jesus.
Mas Jesus também tem sede de nós. Deseja-nos, quer-nos, ama-nos. A humanidade deseja Deus, mesmo que por vezes o negue e lhe vire costas.
Este grito/pedido de Jesus de Cristo na Cruz, não é só dele mas de todos os crucificados da história e do mundo que, continuam hoje a gritar que têm sede: sede de pão, sede de água, de roupa e de casa; de dignidade e trabalho justo, de reconhecimento e de atenção. A sede é grande neste muito, a material e a espiritual.
Mas assim como do rochedo do Antigo Testamento brotou água, assim também do lado aberto de Cristo nasceu uma nova fonte, sacia a Igreja e todos os que dela se aproximam, e essa fonte é o lado aberto de Cristo.
Tenho sede. Que Deus nos faça ouvir o grito dos sedentos deste mundo. Que Deus nos faça beber da sua fonte e faça de nós canais de água viva que brotam para para a vida eterna.

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