O caos no Vaticano

Desconectado do mundo, fui apanhado de surpresa com a notícia do Papa. Instaurou-se o caos.
Do jornal Público pediram-me reacções, que dei e que foram  publicadas. Como não tenho muito tempo para escrever, aqui fica o meu ponto de vista:
1. É um acto de grande coragem e humildade reconhecer que não se está à altura do cargo que se ocupa. Toda a Igreja lhe estará muito reconhecida.
2. Indepententemente de tudo, e apesar de se começar a especular sobre o futuro sucessor, muito provavelmente será sempre alguém como mais de 65 anos... Ou seja, teremos sempre o problema da idade. Por algum motivo existe a reforma... as capacidades vão diminuindo.
3. Creio que o Papa, nos próximos dias, e não terá muitos, deveria levar toda a Igreja a uma profunda reflexão. Torna-se urgente rever toda a política de governo da Igreja: mais democrática? Mais colegial? Mais jovem? Porque não com mandatos fixos?
4. A altura não foi a melhor... a meio do Ano da Fé e depois de termos escutado ontem no Evangelho o relato da vocação de Pedro...
5. A anúncio da resignação do Papa mostra que se podem cortar rotinas. E que nem sempre o óbvio ou o politicamente correcto é o melhor. Teria preferido que o Papa, em vez de resignar, chamasse outros cardeais, bispos ou leigos para o ajudarem no governo da Igreja, criando uma nova plataforma de governo tão necessária.
Apesar de, no vaticano, se ter instalado o caos, a Igreja continua e deve continuar com tranquilidade. Afinal quem a conduz é o Espirito Santo.

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