Este blogue quer ser uma partilha do que faz um frade-padre. Pertenço à Ordem dos Pregadores, comummente conhecida por Dominicanos. Não é um diário... serão retalhos.
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A Margarida veio hoje à Missa ao Convento. Pintou-me e ofereceu-me a pintura. Aqui a deixo, com os meus agradecimentos.
Senhor Jesus, eu te agradeço a possibilidade de fazer uns dias de retiro. Parar, afastar-me da cidade, subir ao monte para rezar entrar na tua casa, oleiro da minha vida, para acolher a tua Palavra e melhor cumprir a tua vontade. No início deste retiro quero entregar-te as minhas preocupações e angústias, o meu cansaço e os pensamentos apressados; que o cinzento não tolde o céu azul nem a luz da tua claridade. Concede-me o espírito de interioridade, de paz, de oração e de paciência; e o dom da conversão para ser como o barro nas mãos do oleiro, eu, nas tuas mãos, moldado pela fé, pela esperança e pela caridade. Virgem Maria, Senhora do silêncio e da escuta, concede-me nestes dias o dom da contemplação e da alegria para, como tu, em cada dia, ir dizendo a Deus o meu sim. Ámen. (cf. Jeremias 18, 1-6)
Rainha do Sacratíssimo Rosário, rogai por nós. Não sei se, quando foram a Fátima, repararam que, no arco principal da Basílica, perto do altar, está gravada esta invocação. Porque Nossa Senhora, em Outubro revelou aos pastorinhos (a Lúcia) o que queria e quem era: "Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas". Mas não é daqui que vem a tradicional associação do mês de Outubro ser o mês do Rosário. Vem do século XVI, mais precisamente d0 ano de 1571. O papa São Pio V, dominicano, vence uma batalha no Lepanto e atribui essa vitória a Nossa Senhora do Rosário e institui a sua festa no dia da vitória, que hoje calha. Esta invocação desde sempre esteve ligada a São Domingos. Uma tradição oral e artística (não histórica) do século XV, diz que Nossa Senhora, no ano de 1208, apareceu a São Domingos e deu-lhe o rosário. É d
Venho da celebração da Primeira Comunhão do João Maria, um amigo meu. Faz hoje sete anos e, como prenda, recebe hoje, pela primeira vez, Jesus sacramentado, no seu coração. Pode o leitor estranhar que tenha um amigo de sete anos. Uma vez perguntei-lhe se ele era meu amigo. Ele disse-me que sim. E eu acrescentei: Eu também sou teu amigo. És das poucas pessoas com quem posso brincar. A celebração foi simples e bela, como se requer em momentos destes. Infelizmente - e já o escrevi aqui algumas vezes - faz-se das celebrações de Primeira Comunhão um acontecimento social, vazio, com barulho e exteriorismo. Esta celebração de hoje, e dou graças a Deus, fugiu a tudo isto. Simples, sem convidados, uma celebração comunitária de fé. Pedi a uma amiga que fizesse a pagela da primeira comunhão e eu, como prenda, escrevi-lhe esta oração a que daria este título: Oração de acção de graças pelo dia da Primeira Comunhão e para depois de cada comunhão. Aqui a deixo, agradecendo ao João e à família a sua