17 anos


O convento onde vivo faz hoje 17 anos. É uma data simbólica: a primeira missa que se rezou neste convento. Mas no princípio era o caos. Os frades chegavam aos poucos, nada era o que era: a capela conheceu quatro sítios até termos a igreja. A sala, transformada em capela provisória, era a sala do "Centro Cultural Dominicano" que não se chegou a construir; o Hall passou a capela e a sala do Capítulo era biblioteca, que até então estava num corredor do piso dois do convento. Foi assim que conheci o convento, quatro anos mais tarde (em 1994 trabalhava eu para o Instituto de Apoio à Criança, a recibos verdes, com miúdos da rua, em chelas, zona J e arredores). Falarei da comunidade daqueles tempos (fio-me numas fotocópias herdadas com o historial do convento). Esta comunidade antes de vir para este convento, vivia na Rua Conselheiro Barjona de Freitas, num prédio, em dois andares. Chamava-se "Comunidade João XXIII". E foi, então, em Março de 1994 que se deu o êxodo: os primeiros três frades vieram para cá no dia 11 e, aos poucos a comunidade foi-se formando. Dizem as fotocópias que o traslado estendeu-se a todo o mês. Hoje, desta "primitiva comunidade" só estão 3 (pelas minhas contas). Mas neste dia 21, além da celebração da Missa na tal sala do piso 2, capela provisória, foi lida também a Acta da instituição canónica do Convento e a carta de assignação dos 16 frades que passaram da Barjona de Freitas para este novo convento. Como acontece sempre que se fundam novos conventos, o primeiro prior não é eleito mas nomeado. O P. Provincial instituiu o fr. Miguel dos Santos como o primeiro prior deste convento. Depois dele foram priores (eleitos) deste convento o fr. Eugénio Boléu, o fr. Luís de França, o fr. Mateus Peres e actualmente é prior quem vos escreve.
É, portanto, dia de festa e de acção de graças. Pela presença da Ordem Dominicana na cidade de Lisboa. Por esta comunidade e pelas pessoas que vêm ao convento para pedir um conselho, para rezar, celebrar, estudar. Há pessoas que me dizem que este convento é um referência para a cidade. Ainda bem que sim, senão seria um projecto falhado. E que continue a mostrar Deus pela beleza do edifício, pela simplicidade de vida e pela força da pregação.

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