Timothy Radcliffe e o cinema

O dominicano Timothy Radcliffe adora cinema. E, muitas vezes, serve-se dos filmes para falar de fé, espiritualidade e até de vida religiosa. A frescura de um artigo ou de uma conferência ajuda-nos no caminho da fé.
Fui ontem celebrar às Irmãs do Lumiar. No fim da Missa ofereceram-me um vaso de hostelã-pimenta, que já plantei no nosso jardim, e o texto de uma conferência que Timothy Radcliffe fez no Instituto de Pastoral dos Dominicanos em Montréal.  O tema foi: A imaginação cristã: como é que a fé cristã pode tocar os nossos contemporâneos. Baseou-se no filme "Dos deuses e dos homens". Está em francês, não a traduziram, mas se a quiser ler clique aqui. Li a conferência durante a viagem de regresso. Aqui deixo um parágrafo, que traduzi sobre o joelho, e que fala sobre o que é um santo: "O santo é alguém que se atreve a ser ele mesmo ou ela mesma. Ele recusa-se a conformar-se ir no grupo e de correr com a multidão. A virtude é o laborioso nascimento de um indivíduo. O herói de Iris Murdoch, em “Os soldados e as freiras”, disse: “os nossos vícios são gerais, sem interesse, a lama ordinária e infecta da mesquinhez humana e da covardia e crueldade do egoísmo, e mesmo quando eles são extremos, eles são todos iguais. É somente nas virtudes que nós somos originais. Os vícios são gerais, as virtudes são particulares”. Por que é que nos refugiamos nestas identidades já feitas? Porque, tal como nós somos, temos medo de não sermos amáveis. Um santo é alguém que assume esse risco. É também por isso que a imaginação cristã revela o universal através do prisma do individual, do particular, e, neste caso, isso através de monges individuais. Uma comunidade, ao contrário de uma banda ou de uma multidão, é precisamente o que nos ajuda a viver juntos, como indivíduos".
 
(fotografia original da comunidade de Tibhirine)

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