A morte de um irmão



Faleceu hoje, depois de cinco semanas internado com problemas graves, um irmão meu, dominicano, fr. José Augusto Mourão. Foi com ele que assisti à primeira missa nos dominicanos, em Janeiro de 1998; com ele que vivi desde essa data até hoje; foi com ele que aprendi os cânticos "especiais" dos dominicanos; com ele que caminhei nestas cinco semanas de dor e sofrimento.
Hoje foi um dia de adeus. Mas, como ele escreveu e eu cantei num dos cânticos da Missa, que celebrámos esta noite em sua memória, "a pior morte é não haver um Deus de madrugada". O Inverno nunca será a última estação, assim como depois da noite vem sempre a madrugada. Muitas coisas deste homem "raro" me ficarão gravadas na cabeça e no coração.
Hoje, depois de tudo ter passado, nesta hora de calma e de paz, mais uma vez dou graças a Deus pela sua vida. Hoje sei o que ele várias vezes dizia, que o que mais o caracterizava era uma "alegria-triste". E também hoje sou eu que lhe digo obrigado. A sua passagem pela minha vida não foi em vão. E como a nossa vida por cá é sempre curta, também hoje lhe digo, até breve.

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