Ainda Paris
Para além da arte e do turismo, Paris tem sido também um refrigério espiritual. Entramos nas igrejas e ficamos a conhecer quem faz o quê, quem é o pároco, quais são as actividades... o que nós poderíamos dizer: um bom acolhimento. Porque talvez a Igreja de França, com a laicidade imposta, tenha passado do comodismo e das lamentações ao aceitar o desafio e cativar não só os frequentes mas também os que andam mais afastados. E com alguma normalidade vemos anunciada uma exposição de Natal, um concerto, os horários das festas de Natal, catequeses na igreja durante a hora do almoço, e missas com grande simplicidade mas que enchem o dia.
Agora compreendo o que dizia um professor sobre os avanços da Igreja de França; quando achava que estávamos com ideias muito liberais rematava dizendo "modernices de França".
Dou-me conta que seria muito interessante adoptar algumas coisas daqui mas, ao mesmo tempo, cai tudo por terra... a sensibilidade é outra e a disponibilidade também.
Ontem fui à Missa à Igreja de Saint-Gervais, onde foram fundadas e estão sediadas as Fraternidades Monásticas de Jerusalém. A Missa é transmitida em directo, por um site. E, numa missa de semana vemos uma comunidade jovem, com uma assembleia jovem, com uma liturgia "limpa", ou seja, sem excessos e com qualidade musical e espiritual. Que mais poderíamos pedir num fim de tarde, seja depois de trabalhar seja depois de passar o dia a visitar igrejas e monumentos?
Agora é tempo de compras. As prendas de Natal, para alguns amigos, foram compradas numa loja de artigos que vêm de mosteiros. Desde bolachas a compotas, trabalhos artesanais de barro ou bordados... tudo com simplicidade mas feito a pensar em Deus.
Espero, quando chegar, fazer um post sobre o que foi Paris 2009. Por agora descansar um pouco porque visitar Paris não é só com os olhos... é também com os pés.