Natais antecipados
O meu dia, hoje, foi de festas de Natal. Apesar de não ser muito adepto de antecipação de festas, celebro-as como uma caminhada mas afectiva para o Natal. Foram festas em duas instituições às quais estou ligado: a primeira na Obra de Santa Zita; a segunda no Externato Marista de Lisboa. pessoas diferentes, celebrações diferentes, carismas diferentes, une-nos o mesmo mistério: o Menino que vai nascer.
Na Obra de Santa Zita fiz uma conferência sobre São José, o homem da presença silenciosa. Desmitificar e desmistificar aquele que foi, para todos os efeitos, o pai de Jesus. Damos muita importância a Maria, aos Magos, aos pastores e, por vezes, esquecemo-nos daquela figura que, embora sendo de poucas palavras foi de muitas acções.
Nos Maristas é já uma festa familiar. Uma celebração da Eucaristia em que hoje a senti mais intensa. Com um gesto, no momento do ofertório, simples mas belo: cada um acendeu uma vela, pensou numa situação de trevas e numa de luz. E colocou a vela no altar. Falei-lhes do tempo de Natal como o tempo do louvor, da alegria e da felicidade. Que é possível ser feliz, se Deus entrar na nossa vida. Depois da Missa o tradicional jantar. Tempo de falarmos uns com os outros, de nos desejarmos boas festas e de umas férias em que haja descanso.
Este dia ficou marcado também por uma senhora que acompanhei no hospital e que morreu. "Chegou a hora da minha mãe", foi assim que uma filha me deu a notícia. É amanhã o funeral. Também aqui houve Natal, ou não fosse o Natal a festa do encontro. Em última análise do nosso derradeiro encontro com Deus.