A minha mensagem de Natal


Por estes dias muitas pessoas escrevem e recebem postais de Natal. Hoje já não é como antigamente em que, cada postal tinha palavras pessoais, tinha o desenho da nossa letra, tinha os nossos desejos para o destinatário. Hoje a Internet resolve tudo com um power-point que se envia para uma multidão de gente que faz parte dos nossos contactos ou com um e-card, sms, até mensagens no Youtube ou no Facebook. Não sei se é de ter pena do antigamente mas eu sinto, pelo menos, nostalgia.

O que se costuma desejar por ocasião do Natal? Os desejos gastos porque não passam de desejos triviais e utópicos: paz, saúde, trabalho e dinheiro. Não que eles não sejam importantes, até nos ajudam na felicidade: precisamos de saúde para trabalhar, o trabalho dá dinheiro e todas estas coisas podem contribuir para um pouco de paz. Desejos gastos porque os formulamos de modo inconsciente ou então, e isso é pior, pedimos para nós e para os nossos.

O Natal não é uma festa só minha e só dos meus. O Natal é, antes de mais, uma celebração dos que que acreditam num Menino que os salva, e que vem trazer ao mundo a justiça e a paz. E então? Isso também não é utópico? Não. Não, porque a justiça e a paz são tão frágeis como é frágil qualquer recém-nascido; Não, porque assim como um bébé traz nele a esperança de um futuro, assim a justiça e a paz não podem deixar de estar presentes no nosso horizonte como possibilidade e caminho de união e de felicidade.

Jesus não é uma utopia. E a sua paz também não. A paz é possível. Para os que acreditamos em Jesus sabemos que Ele é a fonte da verdadeira paz.
É o que eu peço nesta última etapa do Advento vislumbrando já aquela gruta tão nossa conhecida: a paz. Gostaria muito que os conflitos internacionais e nacionais se resolvessem... Com toda a certeza ainda não será neste Natal. Mas a paz para cada um de nós é possível. Possível porque é dom do Menino nascido em Belém e porque somos nós, hoje os portadores desta paz.
Desejo a todos e a cada um dos que por aqui passa, de propósito ou ao acaso, um bom Natal. E que na reunião da família, na troca das prendas, na árvore de Natal e na mesa mais ou menos recheada, lembremo-nos de que tudo acontece por causa de um Menino; de um Menino que mudou a história e que pode mudar a nossa vida; de um Menino que não só nos traz a paz mas que é a própria Paz.

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