![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQSISTDlU7V-FSfE_GBjvJycfgx9mwv-lISqgPkfl_8fi8C0wNyOIIyP6g87-icesxFYJ7xBGpXGiXSQPDMTiLALwPWqY3SmjihOW4ufCofQMjarHVsF9tvz-DabC3EqqyQo8WbmZ-JCR9/s400/M%25C3%25A3e+de+Deus+09.jpg)
Oiço hoje o último cd de Natal. Depois da Epifania já começa a estranhar o
We Wish You a Merry Christmas ou o
Stille Nacht. Escolhi para este dia um cd de selecções de músicas de Natal. Era a estreia. Os americanos que me desculpem mas os arranjos deles não me agradam nada. Parecem-me plásticos. Quando oiço as suas canções de Natal lembro-me sempre de centros comerciais, azáfama e sacos de compras na mão. Prefiro os Natais ingleses, polacos ou ortodoxos, com a sua esplêndida qualidade e sobriedade. Ou os nossos Natais. Sim, o made in home: o de Elvas ou de Cardigos, e até os outros populares que não estão assignados a qualquer zona.
Por isso, decidi trocar de cd. Oiço agora "Um Natal Português", de músicas tradicionais portuguesas com arranjos contemporâneos para orquestra o que lhes dá uma beleza singular. E assim acaba o meu Natal. Quase como o fim de uma peça de teatro: descem as cortinas, apagam-se as luzes e fecha-se a porta. Fica, no entanto, uma vela acesa: a que há-de iluminar o quotidiano e afastar as trevas.
Entretanto o Menino vai crescendo. No próximo domingo já terá 30 anos. É assim na liturgia: mais importante que a cronologia é a celebração.