Pais e filhos


Na Bíblia, mais concretamente na carta de São Paulo aos Colossenses, (3, 20-21) lê-se assim: "Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isso é agradável no Senhor. Pais, não irriteis os vossos filhos para que eles não caiam em desânimo". É frequentente os pais queixarem-se dos filhos e os filhos dos pais. A isso chamamos conflito de gerações. Os filhos, sobretudo a partir da adolescência, não concordam com as atitudes dos pais a seu respeito, mesmo sabendo que são para seu bem; e os pais depois reconhecem que às vezes não são correctos com os filhos e que, por vezes, se excedem na austeridade.
Não acho o conflito de gerações uma coisa necessáriamente má. Seria mau que tivessemos pais infantis ou filhos adultos. Mas, no meu ponto de vista, há um trabalho reciproco a fazer: os filhos aceitarem as decisões dos pais quer pela experiência que eles têm quer pela educação que lhes querem dar e, os pais também reverem os seus critérios. É importante ter noção de que não estamos em épocas passadas e que os pais devem estar constantemente actualizados. Uma coisa que me irritava sempre nas minhas divergências familiares era o argumento "no meu tempo não era assim" ou, pior ainda, "porque não". Não defendo a permissividade nem estou totalmente do lado dos filhos e muito menos acho que nos devamos pautar inteiramente por exemplos de educação dados pelos outros (também é frequente os filhos quererem convencer os pais com o argumento "os pais da minha amiga deixam"). Cada família é única, tem os seus problemas, as suas divergências, mas, acima de tudo, é competência familiar criar harmonia nas atitudes e nas relações. Portanto, acho interessante e até actual este conselho de São Paulo aos filhos e aos pais: obediência por parte dos filhos e mansidão por parte dos pais.

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