Vem aí o Papa
Fui ao Terreiro do Paço tirar esta fotografia. Já montam o tão badalado altar da Missa do Papa que, como foi noticiado, custará cerca de 200 mil euros. Mas não é sobre o Papa que vou falar nem das despesas que a visita vai ter. Uma das funções do bispo de Roma - o Papa - e a de confirmar o Povo de Deus na fé e na unidade. E, para mim, se vier por isto, já é importante vir a Portugal. Em relação a dinheiros, a Igreja Católica foi limpa: gastou do seu dinheiro para as suas coisas.
O que tenho vindo a pensar nestes dias é o porquê da tolerância de ponto que o governo deu à função pública. Sejamos sérios. Por um lado o governo critica as tomadas de posição da Igreja Católica, quer tirar as cruzes dos edifícios públicos mas, por outro, não tira os feriados católicos e agora, que vem o Papa, dá tolerâncias de ponto.
Continuemos sendo sérios. Acreditar que a tolerância de ponto que o governo vai dar servirá para que os funcionários públicos irão todos à Missa do Papa é puro engano. Até porque há muito boa gente que não é católica e que pode ser 'anti-Papa'. Tenho para mim que quem quer ir mesmo à Missa do Papa até põe um dia de férias para poder estar presente, bem como, se não fosse feriado em Sexta-feira Santa, as igrejas não estariam com menos gente do que a que actualmente vai.
Para mim, um verdadeiro governo, aquele que é sério na sua maneira de governar, coerente com as tomadas de posição que toma em relação à Igreja Católica, que respeita a liberdade religiosa seria o que, tendo em conta as convicções de cada cidadão, funcionário público ou não, poderia ser dispensado em momentos 'especiais', para celebrar a sua fé.
Poder-se-à refutar: mas Portugal é um país católico, os últimos censos disseram que Portugal tem 88,3% de católicos (baptizados). É verdade. Mas sejamos sérios, pela terceira vez: será que esta percentagem corresponde a 'católicos praticantes'? Os sensos 'católicos' de 2001 disseram que apenas 28,8% dos portugueses têm uma prática regular (missa dominical).
Enfim, não é para concordar comigo, certamente muitos discordarão mas é o meu ponto de vista... Uma coisa é certa: os ateus, os não-praticantes, os agnósticos, os anti-Papas e anti-religião, que sejam funcionários públicos, vão poder desfrutar de um dia e meio de descanso. Pena que não tenham saído à rua para discordar da decisão do governo de não os deixar ir trabalhar por causa do Papa. Que contradição.
O que tenho vindo a pensar nestes dias é o porquê da tolerância de ponto que o governo deu à função pública. Sejamos sérios. Por um lado o governo critica as tomadas de posição da Igreja Católica, quer tirar as cruzes dos edifícios públicos mas, por outro, não tira os feriados católicos e agora, que vem o Papa, dá tolerâncias de ponto.
Continuemos sendo sérios. Acreditar que a tolerância de ponto que o governo vai dar servirá para que os funcionários públicos irão todos à Missa do Papa é puro engano. Até porque há muito boa gente que não é católica e que pode ser 'anti-Papa'. Tenho para mim que quem quer ir mesmo à Missa do Papa até põe um dia de férias para poder estar presente, bem como, se não fosse feriado em Sexta-feira Santa, as igrejas não estariam com menos gente do que a que actualmente vai.
Para mim, um verdadeiro governo, aquele que é sério na sua maneira de governar, coerente com as tomadas de posição que toma em relação à Igreja Católica, que respeita a liberdade religiosa seria o que, tendo em conta as convicções de cada cidadão, funcionário público ou não, poderia ser dispensado em momentos 'especiais', para celebrar a sua fé.
Poder-se-à refutar: mas Portugal é um país católico, os últimos censos disseram que Portugal tem 88,3% de católicos (baptizados). É verdade. Mas sejamos sérios, pela terceira vez: será que esta percentagem corresponde a 'católicos praticantes'? Os sensos 'católicos' de 2001 disseram que apenas 28,8% dos portugueses têm uma prática regular (missa dominical).
Enfim, não é para concordar comigo, certamente muitos discordarão mas é o meu ponto de vista... Uma coisa é certa: os ateus, os não-praticantes, os agnósticos, os anti-Papas e anti-religião, que sejam funcionários públicos, vão poder desfrutar de um dia e meio de descanso. Pena que não tenham saído à rua para discordar da decisão do governo de não os deixar ir trabalhar por causa do Papa. Que contradição.