O descanso eterno

Recebi, há pouco mais de uma hora, a notícia da morte do Carlos. Acompanhei-o nos últimos dias, esta manhã estive com ele para lhe administrar a Unção dos doentes. Muito reservado, sempre, emocionava-se quando falávamos. A mãe desfeita em lágrimas (que dor maior para uma mãe senão a morte do seu filho...), a mulher, presente, calma, com fé e esperança em Deus, o filho que fazia desenhos, que escrevia cartas ao pai e que hoje se despediu dele.
Quando passo pelo drama da morte acho-me sempre pequenino, e fico quieto. A fé diz-me que só junto de Deus é que não se sofre. E a morte torna-se uma passagem necessária para esse colo que todos nós gostamos, que é o colo de Deus.
Esta noite, para aquela família, vai ser, certamente, de lágrimas, silêncios e talvez de sentir perto o vazio. Mas acredito que Deus pode dar sentido ao vazio e pode enchê-lo.
Para mim é mais um amigo que tenho junto de Deus.
Nesta noite rezo a Jesus: Pie Iesu dona ei requiem (Jesus Piedoso, dá-lhe o eterno descanso).

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