Listas e conversas


Por aqui só agora começa o ano. Após a eleição e mudanças de alguns frades para outras comunidades, só ontem se fixou o número de frades que vamos viver neste convento: seremos quinze frades e um postulante. Ontem chegou o último frade. Português que vem da Índia. Li diante da comunidade a carta de assignação. Nela pede-se ao prior que o receba como legitimamente assignado e que o trate com caridade. Ele, espontâneamente respondeu: com caridade e com correcção. Somos tão pequeninos e tão frágeis para cumprir este grande mandamento da caridade. À noite, reunião do Capítulo (assembleia dos frades) para se eleger o subprior e os conselheiros. Processo lento que deve ser escrupulosamente seguido para validar as eleições. Admiro o espírito democrático da Ordem: elegemos os nossos superiores, damos consentimento para instituir certos cargos, elegemos quem queremos que nos represente, normalmente requere-se uma maioria absoluta... isto não tem nada a ver com a Liberdade de há trinta anos. Parece que é assim desde São Domingos...
Agora é tempo de fazer listas, distribuir os cargos e os serviços comunitários, conversar com os irmãos... porque entre nós, graças a Deus, a obediência não é tirânica mas dialogante. Tudo para bem da comunidade. Pelo menos na teoria e na teologia.

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